Cuidado com a audição

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Liquidificador, batedeira, britadeira, aspirador de pó, avião, máquina de lavar roupa – o que eles têm em comum? Se você falou barulho, acertou. Quem pensa que somente o barulho de buzinas, escapamentos e motores afeta nossa audição, precisa prestar atenção aos eletrodomésticos, que muitas vezes também fazem um barulho ensurdecedor. Para se ter uma idéia, os níveis de ruído no trânsito da cidade de São Paulo atingem de 88 a 104 decibéis (db). A Lei Municipal do Silêncio exige um nível máximo de 55 db, mas, mesmo assim, algumas áreas residenciais apresentam níveis que variam de 60 a 65db. Todo esse barulho, gerado pela cidade barulhenta ou pela própria casa em que vivemos, vai contribuindo para a perda de audição.
Segundo a fonoaudióloga Carolina Fentanes dos Santos, “quando se fala em perda de audição se fala em perda de qualidade de vida também, porque as pessoas se isolam, têm baixa auto-estima, podem ter depressão, perda de sono, e nem sabem que isso acontece”.
A utilização muito grande de iPod, MP3 pela garotada num volume bem alto também afeta a audição. “Aquilo está jogando o som direto no ouvido. A perda começa afetando os sons mais agudos, chamada PAIR (perda auditiva induzida por ruído). As células auditivas expostas a muito barulho vão degenerando e essa perda é irreversível”, alerta a profissional. O ideal para quem fica direto com fones no ouvido é usar poucas horas e num nível baixo. É comum ver um jovem com o fone de ouvido e alguém de fora ouvindo – imagine como estará dentro do ouvido? Carolina avisa: “As pessoas podem ficar surdas a partir do momento em que ouvirem algum som acima de 115 decibéis durante 7 minutos seguidos”.
É verdade que também existe uma predisposição para perda auditiva. Pressão alta ou diabetes, idade avançada ou genética, isso acontece de pessoa para pessoa. Pessoas que trabalham com exposição a ruídos, como aeroportos, gráficas, máquinas em geral, também estão mais vulneráveis. Nos centros auditivos é possível fazer protetores individuais de silicone, moldados na orelha da pessoa, que atenuam cerca de 50% de barulho.
A fonoaudióloga Carolina afirma que “segundo a Organização Mundial da Saúde, o limite tolerável ao ouvido humano é de 65 db e acima de 85 db aumenta o risco de comprometimento auditivo”.

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