Pequenos acrobatas

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Pedro Stanquevisch e Hilton Shimabuko, de 7 e 11 anos, atletas da equipe de treinamento da Escola de Esportes Moventis – Centro de Educação pelo Movimento, foram os vencedores da Copa Brasil de Ginástica Acrobática 2007, pela Categoria 1. A competição aconteceu na unidade esportiva ACM de Guarulhos e contou com a participação de 100 atletas, aproximadamente, e mais de sete equipes.
Os ginastas foram avaliados por uma banca formada por seis profissionais. Pedro e Hilton fizeram uma apresentação cheia de coordenação, flexibilidade, equilíbrio e criatividade. “A nossa perspectiva de competição não é a do ‘vou vencer’. A criança tem que achar seu limite e se superar. E se divertir, em primeiro lugar”, diz Patrícia Stanquevisch, ginasta e proprietária do Moventis. Segundo ela, esta foi a primeira competição de que os alunos do Moventis participaram e foi surpreendente. “Os meninos estão treinando há um ano. Uma das nossas preocupações é com os benefícios que a ginástica acrobática traz para as crianças. O Pedro, por exemplo, é uma criança tímida. Para ele, um dos grandes benefícios foi aprender a se colocar em público, a se concentrar. O Hilton é uma criança perfeccionista. Ele pôde aprender que também pode errar e que não tem que ser tão exigente com ele mesmo”.
Pedro e Hilton treinam três vezes por semana, sempre respeitando os limites próprios. “Tem criança que precisa aprender a competir para ganhar, tem criança que precisa competir para aprender a perder, tem criança que precisa competir pela timidez, pela auto-estima. As pessoas falam que o mundo é competitivo, por isso a competição é importante, mas eu não concordo. Acho que se a pessoa tem uma boa auto-estima, se ela conhece a si mesma, seus limites e sabe lidar com seus problemas vai se dar bem na vida enquanto adulto”, acrescenta Patrícia.
Na Copa Brasil a dupla levou medalha de ouro, vencendo 14 apresentações em sua categoria. “Quando chamaram para o terceiro lugar a gente já estava levantando. Ficamos com uma ânsia! E pensei que teria que ser segundo lugar, porque primeiro não dava. E quando falaram que era primeiro lugar fiquei muito surpreso”, diz Hilton. Já Pedro disse a mãe, Patrícia, que só entrava na equipe se não fosse competir. Quando viu que estava bem preparado, ele mudou de idéia. Ainda bem! Ele é um estímulo para o irmão, Thomaz, de apenas 4 anos, que também já está treinando.

Mulher empreendedora

Não bastasse o sucesso dos filhos e alunos, Patrícia foi indicada mais uma vez como finalista do Prêmio Sebrae de Mulher Empreendedora. Desde 2004 o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, estimula o empreendedorismo feminino no país através do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. As participantes enviam sua história para a entidade, que seleciona algumas e envia ao local um consultor, para acompanhar de perto o trabalho.
“Quando recebi a notícia fiquei pensando se seria legal mesmo. Às vezes eu me sinto tão cheia de trabalho que penso se isso é ser uma mulher empreendedora. É tão difícil se manter no mercado e estou conseguindo superar todas as dificuldades. E sozinha, porque não tenho uma sociedade para me ajudar. Eu penso que isso é importante para a minha equipe, para que ela perceba que, apesar das nossas dificuldades, estamos no caminho certo”, avalia Patrícia.

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