Um sonho que virou realidade

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A fundadora Suely Katz

A ONG Nosso Sonho foi criada em 16 de março de 2007 para ajudar pessoas com paralisia cerebral. A psicóloga e fundadora da ONG, Suely Katz, contou como surgiu a idéia. “Tive um filho com paralisia cerebral e queria fazer alguma coisa, porque eu aprendi muito com a minha experiência. Soube que algumas crianças estavam sem terapia, sem pedagogia. Conversei com meu marido e com um grupo de amigos e dizia que era meu sonho criar um espaço diferenciado. Todo mundo falava: é meu também. Aí virou o Nosso Sonho”.
A paralisia cerebral acontece muitas vezes na hora do parto, quando falta oxigênio para o bebê ou de outras complicações durante o nascimento. Outras crianças sofrem convulsões quando ainda são muito novas, o que acaba prejudicando seu desenvolvimento cerebral. “A pessoa com paralisia cerebral tem a parte motora comprometida, assim como a fala, mas na maioria das vezes a inteligência é preservada”, explica ela.
Eles já possuem 36 assistidos, divididos em dois períodos – manhã e tarde. São atendidas pessoas de todas as idades, contando com terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, musicoterapia, dança e arteterapia. Eles escrevem também um jornal informativo. A pedagogia, segundo Sandra Carabetti, orientadora pedagógica, visa desenvolver habilidades básicas para a alfabetização. Após a alfabetização, os alunos são encaminhados para uma escola regular, mas a ONG continua acompanhando seu desenvolvimento. Eles também promovem a colocação no mercado de trabalho de pessoas com deficiência.
Quando a criança não consegue falar, é usada uma comunicação alternativa com símbolos colocados numa prancha com diferentes significados. Começa com o sim e o não e vai sendo ampliada de acordo com a necessidade e entendimento da pessoa. Alguns jovens até escreveram livros e poemas usando os símbolos.
A ONG vive de doações e ajuda muitas crianças carentes de São Paulo. “Queremos mostrar para o mundo que deficiência vem da palavra déficit, alguma coisa que falta, e não é o contrário de eficiência”, conta Suely.

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