O apoio começa|em casa

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Todo mundo tem um exemplo na própria casa ou conhece histórias de famílias que tem um ente com restrição na sua alimentação, seja por objetivo estético ou devido a uma doença mais séria ou crônica. Nesse caso, o apoio da família é fundamental, sim, mas isso não se traduz em tirar da frente ou trancar a sete chaves tudo o que é restritivo.

Para a nutricionista e personal trainer, Andreza Giosa dos Santos, a informação é o primeiro passo para que a pessoa que não pode comer alguns alimentos se conscientize do seu problema e os envolvidos mudem hábitos que podem levar ao benefício da saúde de todos. “Conhecer a doença vai ajudar nesse processo. Porque a família é o grupo primário de relacionamento que temos. Então vários fatores vão influenciar nas ações, no comportamento dos hábitos familiares. E o estado de saúde de cada membro da família vai ser influenciado por esse contexto todo. Até fisicamente, você vê que tem gente que começa a caminhar para acompanhar o marido, por exemplo, que precisa se exercitar por indicação médica”, diz Andreza.

Uma orientação que a nutricionista dá é o da família participar de consultas com equipe multidisciplinar. “Vai ter psicólogo, nutricionista, dependendo da doença vai ter profissional de educação física, às vezes até assistente social. Esse é um dos tópicos mais importante porque é a partir do contato com a equipe multidisciplinar que o membro da família vai entender melhor a doença e fica mais fácil modificar a rotina, os hábitos dentro da própria casa”.

Para Andreza, a partir daí, uma medida fundamental é o de começar a mudança por meio da lista de supermercado. “Tudo começa na compra do mercado, se você quer modificar a alimentação, é bom não comprar nada que, de repente, a outra pessoa não possa comer”. Andreza diz que para a pessoa não passar vontade, é importante evitar fazer uma mesa com várias coisas “proibitivas”, deixar alguma coisa na geladeira ou deixar para comer quando a pessoa não está presente. “Mas não deixar que a pessoa perceba que isso acontece até porque ela tem de saber que há restrições e tem de conviver com isso. Bom senso é a palavra certa. Você não precisa colocar uma mesa recheada de coisas porque ela pode passar vontade, mas ao mesmo tempo, não precisa toda hora poupá-la de determinada situações. Ela tem de aprender a lidar com isso porque ela vai ter de lidar com isso também quando não estiver no ambiente familiar, no meio social, entre amigos, em uma festa. A comida está muito relacionada à parte social”.

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