Amor na ponta da agulha

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No ateliê de costura Que Graça, localizado na Pompeia, os clientes são mimados com atendimento atencioso e um serviço de qualidade, garantido por uma etiqueta, entregue junto com a peça, que assegura o retoque em até 30 dias caso seja necessário.

Dizer a um cliente que ‘não dá para fazer o serviço’ é algo difícil de acontecer na rotina de trabalho da costureira Maria das Graças Miranda. “Com um pouco de boa vontade e usando a criatividade, sempre dá para deixar a roupa do jeito que os fregueses esperam”, afirma ela.

Nascida no interior de Minas Gerais, Maria das Graças aprendeu a costurar ‘por conta própria’ ainda menina. Pegou gosto pelo ofício e decidiu se especializar. Junto com a filha Mariana Conrado, hoje ela toca o próprio ateliê, batizado de “Que Graça”, que funciona há um ano na Rua Venâncio Aires.

Organização com as roupas das clientes
Organização com as roupas das clientes
Um dos diferenciais do ateliê é o atendimento simpático e o serviço sempre impecável, mesmo quando o que o cliente quer parece não ter solução. “Outro dia peguei para ajustar uma saia toda bordada em paetê. Como era muito pesada, a saia caia na cintura da cliente, pois era fechada apenas por um cordão”, lembra a costureira. “Com muito esforço, consegui passar um elástico pelo cós, usando uma agulha grossa de bordar, e manter o acabamento. No final não dava nem para perceber a costura”, conta.

Para dar conta da rotina do ateliê, Maria das Graças e Mariana contam com as ‘santas mãos’ da habilidosa Maria. “Ela é nosso braço direito e entendeu de cara o nosso objetivo aqui, que é entregar um trabalho perfeito, dentro do prazo estabelecido”, diz Mariana. “Esse desafio não é fácil, pois a costura, para nós, é um trabalho artesanal, que envolve desfazer e refazer de forma que o ajuste fique imperceptível”.

Com tino de empresária, Mariana vem trabalhando para implantar metodologias que tornem mais organizada e fluida a rotina dentro do ateliê: implantou um calendário para que seja mais fácil visualizar os prazos de entrega das peças e etiquetas para identificar os serviços urgentes, as roupas por fazer e as que já estão prontas. As peças são entregues em sacolas padronizadas e com um cartão de garantia, que assegura um prazo de 30 dias corridos caso o serviço precise ser refeito. Além disso, fica a cargo de Mariana manter sempre completo o estoque de linhas de demais aviamentos. Por isso, faz parte da rotina corrida dela constantes escapadelas ao Brás e Bom Retiro para comprar o que for necessário para a manutenção do ateliê.

Nesse um ano de funcionamento, o Que Graça Ateliê vem acumulando clientes fiéis, que já se tornaram amigos de Graça, Mariana e Maria. “Tem gente que passa aqui só para dar um oi e até para pedir nossa opinião sobre a roupa que estão vestindo, o que nos deixa cheias de orgulho”, diz Mariana. (Lucia Oliveira)

Que Graça Ateliê, Rua Venâncio Aires, (esquina com Rua Tucuna, Pompeia), telefone 95773-0615

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