O sonho de comprar um imóvel quase se tornou um pesadelo para um grupo de pessoas. Estamos falando do condomínio Villa Bella, no quarteirão das ruas Dr. Miranda de Azevedo, Augusto de Miranda e Ministro Ferreira Alves, na Pompéia. Lançado em 1993, pela Encol, a maior empresa brasileira da construção civil na época. Mas, em 1995, a Encol parou as obras. E aí começa uma outra história, cheia de paciência, perseverança e superação de obstáculos de um grupo de compradores – 202 no início e 142 agora no final.
Dárcio Moraes foi um deles: “Comprei na planta em 1993 e da janela do apartamento que eu morava dava para ver a construção”, diz. Ele se tornou o presidente da Associação dos Promitentes Compradores de Unidades do Condomínio Villa Bella e conta: “Com as obras paradas, foi formada uma comissão que tentou negociar com a Encol, sem sucesso, pois ela vinha com exigências acima do aceitável. Até apresentou outra construtora, de Goiânia, que depois ficamos sabendo que era do filho do dono da Encol. Criamos a Associação e, após a falência da Encol, em 1997, conseguimos a posse provisória do terreno”.
Com a posse provisória, alguns associados contataram os outros compradores para participarem dessa associação, com êxito. Com mais força, eles contrataram um escritório de advocacia e pleitearam a posse definitiva e a substituição da incorporadora, junto ao Juiz da Massa Falida. Em 2000 eles obtiveram a posse definitiva do terreno de 12.000 m2 e a Associação foi nomeada incorporadora do empreendimento.
A partir daí, foi preciso muita força de vontade, como explica Dárcio: “Não teve outro jeito senão abandonar parte de nossas atividades particulares, doando tempo, despesas com carro, refeições, telefones, e fazer reuniões com construtoras, advogados, bancos, etc., atender os associados, preparar e apresentar assembléias”. Quem acabou tocando em frente os prédios foi a M.S.M. Construtora, que ficou com 36 unidades para fechar o valor e dar como garantia para o banco.
“Aprendi que um grupo unido, com perseverança (a palavra é essa) consegue atingir seus objetivos. Manter um grupo de 142 famílias unidas durante tanto tempo só se consegue com muita transparência (palavra da moda), informação e trabalho honesto”, diz Dárcio.
As Torres Verdi e Vivaldi, que estão sendo concluídas, têm apartamentos com três dormitórios, área de 107 m2 e duas garagens, no total de 68 unidades por torre. A Torre Caruso, que estará concluída em outubro de 2009, tem 76 unidades com 127 m2, quatro dormitórios e duas garagens.
