Em 1922 surgia a Capela de Nossa Senhora do Rosário, no alto da avenida Pompéia, de onde o bairro começou a crescer. Somente 16 anos depois é que a capela se tornou a Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.
A Igreja que viu o bairro crescer ainda é o ponto de encontro de uma turma que se conhece desde a adolescência. Todos eram congregados marianos e freqüentavam a comunidade da Igreja. “Eu comecei a freqüentar em 1942”, revela André Robles Morales (78), um dos membros do grupo. “Éramos um grupo muito grande, todos daqui do bairro. Tinha mais de 100 integrantes”, diz ele. “A avenida Pompéia era de paralelepípedo, tinha uma imensa área verde com árvores no meio da avenida. Tinha bonde que saía do Largo de Perdizes e ia para a Pompéia”, relembra José Toniolo (85), que trabalhou por 35 anos nas Indústrias Matarazzo, morou 30 anos na Pompéia e está há 30 em Perdizes.
Com a modificação, pela Igreja Católica, da Congregação, o grupo se dispersou, ninguém mais se comunicava. Mas em 1990, um dos integrantes faleceu. “Vimos pelo jornal e muitos foram à missa de sétimo dia, éramos uns 10 ou 12 na missa”, conta André. Eles então resolveram encontrar outros amigos para um encontro mensal. Num churrasco em Jundiaí eles conseguiram juntar 48 pessoas da turma. “Cada mês que passava ia diminuindo. Hoje somos uns 15 perseverantes”, diz o confiante André.
Nem todos moram no bairro, mas o encontro acontece toda terceira quinta-feira de cada mês, às 20h, na Igreja, para a missa, e depois eles se juntam na pizzaria Recanto Di Carmo Cantina e Pizzaria (Avenida Pompéia, 765), para relembrar os velhos tempos e se divertir um pouco.
Os membros da turma, além de André Robles e José Toniolo, são: Bráulio Vaz dos Santos (81), Osvaldo Bertolozi (79), Palmácio Ribeiro da Silva (78), ainda trabalha como representante de vendas; Sylvio Baptista (78), Gentil dos Santos (75), Antonio Ronisvaldo Tillelli (74), Ermelindo Bottoni (73), Victor Hugo Diniz da Silva (72), Edson Alves dos Santos e Mário Turk (ambos com 70), Rubens Correa (69), Walter Machio (64) e o caçula Oswaldo dos Santos (63), músico, mora na Vila Madalena e é pai da cantora Fabiana Cozza.
As reuniões mensais são regadas a muitas histórias, onde eles se divertem e, principalmente, mantêm viva a chama da amizade e do companheirismo.