O exemplo da PUC

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Criada em 1946, a Pontifícia Universidade Católica iniciou suas atividades no antigo Convento das Irmãs Carmelitas Descalças. Hoje, a PUC-SP, como é mais conhecida, se tornou um marco no bairro de Perdizes e na educação brasileira. São cinco campi (Perdizes, Consolação, Santana, Sorocaba e Barueri), que abrigam 17 mil alunos na graduação, 5 mil na pós-graduação stricto sensu, 12 mil em educação continuada e a cada ano, 2.700 alunos são formados. O número de ex-alunos ultrapassa a casa dos 180 mil.
Segundo a reitora, professora Maura Pardini Bicudo Véras, “hoje, essa excelência não se restringe mais apenas ao bairro, mas se expandiu por todo o país e também recebe inúmeros alunos estrangeiros, firmando cada vez mais convênios no exterior, rumo a internacionalização.”
Para fazer funcionar toda essa estrutura educacional, conta com cerca de 2.900 funcionários. A quantidade de conhecimento produzido através de dissertações e teses defendidas, livros produzidos pelo corpo docente e de seus centros de pesquisa, além de programas de doutorado, cursos de especialização e de extensão, com 250 mil exemplares em suas seis bibliotecas, reflete a dimensão da PUC e seu papel no desenvolvimento do país.
A PUC-SP não se limita a gerar conhecimento e formar profissionais. Ações como a luta em defesa das liberdades democráticas que resultou na invasão do Tuca, em 1977, é um episódio conhecido. Na ocasião, cerca de 2 mil estudantes participavam de um ato público em frente ao Tuca, quando foram atacados por 3 mil policiais militares e civis comandados pelo então secretário de Segurança Pública, Erasmo Dias, com apoio inclusive de carros blindados. Os policiais invadiram a PUC, prenderam e espancaram alunos, professores e funcionários. Recentemente a direção da PUC organizou um evento que contou inclusive com a presença do ex-secretário, que discutiu o episódio com os alunos de hoje. Muitos dos que participaram daquele evento, 30 anos depois, consideram um marco no processo de redemocratização do país. A PUC-SP foi a primeira universidade brasileira a eleger seu reitor pelo voto direto dos alunos, professores e funcionários, em 1977.

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