Sexo e saúde parecem coisas diferentes e dissociadas, principalmente para os jovens. Sempre há espaço para achar que com você isso não vai acontecer. Mas são muitas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), e elas atacam qualquer pessoa, sem distinguir classe social, sexo ou idade.
HPV, por exemplo, você sabe o que é essa doença? Esse vírus – o Human Papiloma Virus (Papilomavírus Humano) – é adquirido por contato direto com a pele infectada nas relações sexuais, e pode causar lesões na pele da vagina, no ânus e no pênis e também nas mucosas, como uretra e colo do útero. Existem mais de 100 tipos diferentes. Alguns podem causar verrugas (cristas de galo) e outros podem até desenvolver um câncer.
Segundo o Dr. Wanderley Affonso, “é muito importante que, a partir do início da vida sexual, a mulher faça acompanhamento anual com um ginecologista”. Esse vírus pode ficar anos no organismo sem se manifestar.
Estima-se que 25% das mulheres brasileiras estejam infectadas pelo vírus HPV e pelo menos uma pequena porção delas (3%) desenvolverá câncer de colo de útero. “Por isso a importância do exame Papanicolau, feito uma vez por ano. E os homens devem procurar um urologista. A camisinha diminui as chances de se contrair o HPV”. Em mulheres grávidas, a existência do vírus também requer cuidados.
O positivo de tudo isso é que foi desenvolvida uma vacina contra quatro tipos de HPV. Dr. Renato Kfouri, da Pró-Vacina, explica: “Essa vacina cobre os tipos mais comuns de HPV. Os tipos 6 e 11, que causam 90% das verrugas genitais, e os tipos 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero”. Por enquanto, somente as mulheres de 9 a 26 anos podem tomar a vacina.
Dr. Renato diz que o tempo de proteção da vacina é de cinco anos, mas o que se sabe é que as mulheres ficam imunizadas até por mais tempo. A vacina é dada em três doses: a segunda dose em dois meses e a terceira depois de seis meses.
Ambos os médicos indicam que o ideal é tomar a vacina antes de iniciar a vida sexual. “Quanto mais jovem maior é a eficácia”, garante o Dr. Renato.