Trekking no Everest

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Chegar ao teto do mundo é uma conquista para poucos. Afinal, o pico do Everest está a 8.848 metros de altitude. O oxigênio é pouco e as condições climáticas mesmo no verão variam de 8ºC a -18ºC. Enfim, chegar próximo ao Everest já é uma aventura. Chegar perto é possível e prova disso é o feito realizado por um morador da Pompéia, César Augusto de Oliveira, que realizou uma caminhada de 21 dias e chegou até a altitude de 5.360 metros, em abril passado.
Desde 2005, ele faz trekking e escalada e pela América Latina já escalou na Patagônia, no sul da Argentina (o Perito Moreno e as Torres Del Paine) e no Chile (o Cerro Toco, no Atacama, com 5.600 m), para citar as mais altas. “Com essas experiências, fui me preparando para chegar até o Himalaia, onde está o Everest”, diz o gerente comercial.
Para fazer esta caminhada, Oliveira se preparou por dois anos, sendo que em janeiro deste ano até a partida, em março, fez um trabalho aeróbico mais intenso com personal trainner com conhecimento em trekking, com três horas por dia na Triathon Academia. Teve também o acompanhamento de nutricionista.
Oliveira levou dez dias para subir até a altitude de 5.360 metros e a descida levou três para retornar até Lucla, no Nepal, que era a sua base. A jornada diária de caminhada durava cerca de sete horas e o trecho percorrido, segundo calculou, chegou aos 150 km entre ida e volta. “Além da dificuldade da caminhada, levei às costas uma mochila com 10 quilos de roupas e o necessário para essa empreitada”, informa o aventureiro.
Fazer qualquer atividade física em grandes atitudes exige um grande esforço físico e ele, além do cansaço da caminhada, teve dificuldade para respirar, insônia e dor de cabeça. Problemas previstos, mas que não atrapalharam a conquista do seu objetivo. “A paisagem formada pelas maiores montanhas do mundo compensou todos os contratempos”, conclui.
Segundo ele, valeu a pena pelo contato com os sherpas (moradores da região), pela natureza e a cultura “bem diferente da nossa”. A emoção deste trekking o motiva a partir para outros desafios, mas salienta que é preciso escolher uma agência de confiança e que transmita segurança e que tenha guias que conheçam a região. Além de ter um bom orçamento para realizar esta aventura.

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