Uma coleção de|respeito

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Darcy: paixão pelos selos

A filatelia é a arte de colecionar selos postais. Com a introdução do computador e da internet, as cartas foram substituídas, em boa parte, pelo e-mail que já faz parte do nosso dia a dia. Porém há pessoas como Darcy Durazzo, morador do bairro, que coleciona selos há muitas décadas.
Darcy, economista de formação e hoje aposentado, divide seu tempo jogando tênis no Palmeiras, clube onde já trabalhou, foi diretor de departamento e hoje é conselheiro, se dedica a sua coleção com mais de 300 mil selos e às artes plásticas.
Nascido na Rua Turiaçu, Darcy diz que começou sua coleção de selos quando “era jovem e através de um pensionista da minha mãe comecei a colecionar selos. Depois, fui trabalhar no Palmeiras como office-boy e a coleção foi crescendo”. Mas considera que, em 1953, começou de fato a colecionar selos. “No início, colecionava tudo. Depois, passei a colecionar selos do Brasil e do Japão e por temas: borboletas, flores, peixes e não parei mais”.
Pai de duas filhas e casado com dona Diolinda, Darcy teve coluna filatélica na Revista da Cesp, empresa onde trabalhou até se aposentar. Fez diversas exposições de seu acervo, entre elas, na sede social do Palmeiras, conta orgulhoso mostrando fotos do evento.
Neste ano, por conta da Copa do Mundo na África do Sul, foi convidado pelos Correios a fazer uma exposição de seus selos onde o futebol era o tema na sede da empresa, na Vila Leopoldina. Além de mostrar sua coleção de selos, ele criou cinco quadros, em tinta acrílica, para homenagear as conquistas do Brasil em Copas do Mundo. “Já tinha idealizado a do hexa, mas fica para uma próxima vez”, diz ele. E espera poder assistir a sua primeira Copa aqui no Brasil, em 2014.
Ressalta que sua coleção de selos não tem valor definido. “Não tenho o ‘Olho de Boi’, (um dos mais famosos selos do mundo, impresso no Brasil), mas tenho todos os selos emitidos durante a República. Faltam alguns impressos no Império”, diz ele, folheando as diversas pastas com tudo muito bem organizado.
Lamenta que os jovens não se interessem pela filatelia, mas promete deixar a valiosa coleção para o neto que vive nos Estados Unidos.

 

darcydurazzo@yahoo.com.br

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