Reduto de modernos e descolados, a balada Milo Garage virou referência de rock alternativo na cidade quando ainda estava na Rua Minas Gerais. Por conta do sucesso da casa que vivia lotada, a vizinhança do entorno vivia reclamando do barulho. De acordo com as palavras do próprio Milo, “ficamos seis anos instalados no bairro que não tolera gente diferenciada”, lembrando as palavras de uma moradora do bairro de Higienópolis sobre a polêmica causada com a possibilidade da construção de uma estação do Metrô na região.
Resultado: A Milo veio para a Z.O. e está localizada no trecho famoso da Avenida Pompeia, o tobogã, descida íngreme daquela via. Com todos os alvarás de funcionamento em ordem, a programação da Milo continua bombando com o público que curte rock indie, música black e música eletrônica, gêneros que marcam as programações da casa. Para um bate papo e um cigarrinho de leve, há uma parte externa decorada com grafites do pessoal da Galeria Choque Cultural. São três noites de balada durante a semana: quarta, sexta e sábado. Os ingressos custam 5 reais para mulher e 10 reais para os homens. Mas olha só, mulher não paga ingresso em nenhum dos dias se entrar na balada até à meia noite.
Outra atração são os preços cobrados no bar: a dose de saquê sai por 4 reais, a cerveja Stella Artois custa 6 reais e a caipirinha com frutas de vodka, cachaça ou saquê, 10 reais.
Morador do bairro há quatro anos, Milo diz que curte o bairro da Pompeia porque ele ainda guarda as características de um bairro familiar, diferente da Vila Madalena ou de Moema, por exemplo, que se caracterizou com um conceito de bairro para turista. “Eu queria manter essa faceta familiar, meus amigos ajudaram na decoração, fizeram os grafites, etc. E não diferenciamos os convidados, não tem essa de convidados vips”, define, democraticamente.