Meninas fabulosas

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Cláudia e a equipe de ginastas

Em 1’45” as garotas executam movimentos coreografados e sincronizados ao som de uma trilha musical animada que contagia a plateia. Assim são as apresentações das atletas de ginástica aeróbica esportiva. A equipe feminina do Palmeiras, que começou em 1998, é a atual pentacampeã brasileira por equipe.
São mais de 90 atletas, de 6 a 22 anos. Embora não tenha nenhuma restrição para os meninos, aqui só tem meninas. Destas, 15 são atletas de alto rendimento. São as que participam de campeonatos e competições oficiais. “As menores não entram em competição porque ainda são jovens e para elas é uma atividade lúdica”, diz a Cláudia Gomes Borelli, técnica e coreógrafa da equipe. Cláudia pratica o esporte desde a infância e foi campeã brasileira adulta (1991) e vice-campeã mundial (1992) em Las Vegas (EUA). Hoje, divide com Marcelo Borelli que cuida da parte física, a tarefa de preparação das meninas.
Os treinos acontecem três dias por semana com quatro horas de duração. Esse empenho rendeu à equipe uma série de medalhas no Campeonato Pan-americano, em 2010, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Em outubro, participam do estadual e em novembro do campeonato brasileiro em Belo Horizonte.
No Pan-americano, além do título por equipe, elas ficaram em primeiro lugar no grupo (formado por 6 atletas), além da boa colocação no trio e em terceiro lugar no individual. Para a técnica, “Foi boa a nossa participação apesar da falta de patrocínio ao esporte, que ainda não é modalidade olímpica. Mas acredito que em breve isso vai acontecer pelo crescente número de praticantes em todo o mundo”. Neste ano, a técnica, três atletas do Palmeiras e três de Minas Gerais participaram da Universíade, na China. Ficaram em oitavo lugar.
O esporte é ideal para o desenvolvimento do espírito de equipe. “Ninguém ganha sozinho”, lembra Cláudia. Além da preparação física, também ajuda na sociabilidade das atletas. A orientação alimentar e o convívio sadio do esporte são outros aspectos que Claudia destaca.
A falta de patrocínio é uma dificuldade que elas enfrentam. “O clube nos dá apoio e estrutura para o treinamento. Temos um grupo de pais de atletas que promove bingos e outras atividades para levantar dinheiro para nos ajudar nos custos das viagens. Temos ainda, o apoio de alguns empresários da região, mas precisamos mais”, explica Cláudia.

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