Ao contrário da raça humana, a falta de atividade pode levar o cachorro ao estresse.
É cada vez mais crescente o número de pessoas que adotam um cachorro para ter companhia. O problema é que muita gente passa o dia inteiro fora de casa e acredita que dar água e comida é suficiente para mantê-los bem tratados. Com a solidão e a falta de atividade, o cão tende a se comportar agressivamente, em alguns casos contra o próprio dono, e a manifestar a insatisfação por meio de comportamentos rebeldes, como comer as próprias fezes, lamber a pata e latir sem parar; ou seja, enquanto a falta do que fazer leva o homem ao tédio, a inatividade leva o cão ao estresse, não importa a raça. “Colocar a culpa na raça é mais cômodo para a raça humana. Mas as pessoas têm de entender que o cachorro precisa sair de casa, se exercitar, ir para ambientes onde tenha outros cachorros, ver outras espécies, ter uma vida social”, diz a proprietária da Clinicanis, Simone Garotti. Nem mesmo um grande quintal vai deixá-lo mais calmo. “Sozinho ele não vai andar. Ele quer companhia”, acrescenta.Para acabar com a inércia desses cães, a clínica criou o treinamento funcional, uma “terapia” com sessões individuais contra o estresse. Na primeira visita é feita uma entrevista para o diagnóstico e o tratamento adequado, que inclui exercícios aeróbicos e trabalho de adestramento comportamental. “A única coisa é que, de acordo com a idade, estabelecemos rotinas diferentes”.
No geral, todos eles vão parar na esteira de ginástica – igualzinha a nossa –, para se exercitar, estando esbeltos ou fora do peso. Entre 4 meses e 8 anos, o tempo mínimo de exercício é de 30 minutos. “Nunca será inferior”. Entre 3 e 8 anos – sempre dependendo da raça e do peso – o programa diminui e o foco é mais na inteligência e no faro, já que estamos falando de um “adulto”. Dos 8 aos 13, há preocupação com a obesidade, mas os exercícios são bem mais leves e na “terapia” é acrescida sessão de acupuntura na coluna. Segundo Simone, o indicado é que sejam feitas até três sessões por semana de uma hora. Cada sessão custa entre R$ 60,00 e R$ 80,00; com desconto de acordo com o pacote fechado.
Simone afirma que a “terapia” serve para a vida inteira. “Quando percebe a melhora do cachorro, dificilmente alguém abandona as sessões”.
Caso o dono queira aproveitar, a clínica tem serviço de banho (de R$ 40,00 a 95,00). Tem uma loja com comidas, acessórios, brinquedos e roupas. E cafuné neles!
Clinicanis – Clínica de Cães e Gatos
Rua Desembargador do Vale, 782
Telefone 3862-0001
Seg. a sex., das 8 às 20h; sáb., das 9 às 18h
www.clinicanis.com.br