Parquinho inaugurado em 1969 tem brinquedos, árvores e uma energia maravilhosa para crianças e seus papais.
Há exatos 47 anos, Adalberto Costa de Campos Bueno, publicitário e professor de inglês hoje aposentado, fundou a Adalbertolândia, parquinho que mantém com seus recursos, e que é aberto gratuitamente às crianças de todas as idades. O “seu” Adalberto, no auge dos seus 90 anos de idade, tem energia para dar e vender e diz que isso se deve ao que conseguiu realizar em prol da comunidade. “Antigamente as ruas adjacentes não eram asfaltadas e, além da poeira nos dias secos, elas ficavam cheias de barros quando chovia. Isso prejudicava a liberdade e o livre movimento das crianças para as suas brincadeiras”, relembra.
Adalberto continua, dizendo que um detalhe importante daquela época era que no raio de apenas dois quarteirões, em volta do terreno, que já pertencia a sua família, viviam 47 crianças entre 1 e 10 anos, que não tinham até então um local apropriado para brincar e se divertir. “Nesse terreno, que hoje tem 32 árvores e muitos brinquedos que estão sempre sendo verificados e reparados quando necessário, não havia nada além de mato e lixo. Eu fui construindo os brinquedos, plantando as mudas, tirando o mato, o lixo e abri o parquinho para todos que quisessem brincar lá. E foi a criançada que nomeou o parque de Adalbertolândia”, conta.
O carinho de Adalberto para com a comunidade volta para ele em forma de risadas, correria e energia. Isso explica a sua boa forma e sorriso contagiante. Até hoje, aos sábados, domingos e feriados, o parquinho fica à disposição das crianças, com entrada gratuita. No terreno, que tem cerca de 300 m2, tem brinquedos como: carrossel, gangorra, casa do Tarzan, balanços, além de trilhas compostas por árvores e mais de 60 espécies de plantas.
Morador antigo da região, o “seu” Adalberto se diz muito satisfeito de abrir os portões de seu parquinho. “Estou recebendo a 3ª geração de moradores e também gente que reside em outros bairros”, orgulha-se.
Mesmo com a quantidade de pessoas que recebe, “seu” Adalberto diz que tem muita gente que ainda não conhece o local e que fica surpreso quando ele revela que toda a diversão que oferece é de graça. “Em nosso país, onde pagamos por tudo, um lugar gratuito, bem conservado e com tão boa energia como este é difícil de se achar”, finaliza. (ND)
Adalbertolândia
Rua Professor Paulino Longo, 25, Perdizes
Fotos: Nanci Dainezi