‘Amazônia’ de Sebastião Salgado no Sesc Pompeia

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Foto: Divulgação Sesc/Matheus José Maria

Divulgação Sesc/Matheus José Maria
Sebastião Salgado, no Sesc Pompeia.

O premiado e consagrado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é o autor das fotos sobre a Amazônia que o Sesc Pompeia expõe até 31 de julho. Imperdível!

Mineiro de Aimorés, Salgado vive há tempo na França do que no Brasil. Economista de formação, na década de 1970 viajou para a África a trabalho pelo Banco Mundial, fez fotos com a câmera da esposa, Leila Wanick Salgado e mãe dos dois filhos, Juliano e Rodrigo. A partir daí a fotografia o arrebatou e poucos meses depois, ele se dedicava exclusivamente à fotografia, sempre abordando temas sensíveis como o êxodo de imigrantes, trabalhadores pelo mundo, continentes. Destes relatos fotográficos surgiram muitos livros que se tornaram best-sellers mundiais. Trabalhou nas principais agências de fotografia do mundo, Sygma e Gamma e posteriormente criou a sua própria agência.

IMG_7404A exposição Amazônia, tem a curadoria de Leila Wanick Salgado, como nos demais trabalhos que realizou. Após finalizar Gênesis, sua exploração fotográfica da natureza ainda intacta do planeta, o fotógrafo multipremiado se voltou para o Brasil, mais precisamente, a Amazônia. Depois de passar por Paris, Roma e Londres, as quase 200 imagens em preto e branco, chegaram ao Sesc Pompeia. Expostas em grandes painéis na Área de Convivência do Sesc Pompeia. O visitante vai visualizar a natureza daquela região que, seguramente, poucas pessoas conhecem.

As imagens em grandes painéis, foram feitas em diversas viagens pela região, durante sete anos, por terra, água e ar, revelam a geografia, os rios, as montanhas e a vida das comunidades indígenas através das muitas etnias que ocupam aquela área, muito antes dos europeus desembarcarem no continente.

IMG_7405Todas as fotos têm uma ficha informando a região ou etnia e a data em que foi clicada. Um cuidado especial com a iluminação faz com que a visita leve o visitante a refletir sobre a região e seus integrantes.

“Ao projetar ‘Amazônia’, quis criar um ambiente em que o visitante se sentisse dentro da floresta, se integrasse com sua exuberante vegetação e com o cotidiano das populações locais”, comenta Lélia.

Além dos painéis com as imagens que ficam posicionadas na altura dos olhos da maioria das pessoas, o visitante pode assistir aos vídeos com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados em sua sobrevivência na floresta. Para Salgado, “Esta exposição tem o objetivo de alimentar o debate sobre o futuro da floresta amazônica. É algo que deve ser feito com a participação de todos no planeta, junto com as organizações indígenas.”

Não deixe de visitar as salas de vídeos. São espaços que têm projeções contínuas de fotografias sobre a Amazônia. Um deles mostra paisagens florestais são musicadas pelo poema sinfônico “Erosão – Origem do Rio Amazonas”, do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e o outro revela retratos de populações indígenas, com uma composição especial de Rodolfo Stroeter. Há também um espaço dedicado ao Instituto Terra fundado pelo casal Sebastião e Lélia em Aimorés, onde eles desenvolvem um projeto de reflorestamento e educação ambiental.

Sesc Pompeia_Amazonia_FT_Matheus Jose Maria (18)Depois de São Paulo, ‘Amazônia’ segue para o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro até janeiro de 2023 e então segue para Belém (PA) e outras capitais brasileiras. A mostra tem o além da parceria institucional do Sesc São Paulo, patrocínio do grupo Zurich Insurance Group que, desde 2020, também patrocina o Zurich Forest Project, um programa de enriquecimento da floresta da RPPN Fazenda Bulcão realizado com o Instituto Terra, ONG liderada por Lélia Wanick Salgado e Sebastião Salgado. As edições de São Paulo e do Rio de Janeiro têm patrocínio master do Itaú e da Natura,

A visitação da exposição Amazônia, acontece de terça a sábado, das 10h30 às 21h, e nos domingos e feriados, das 10h às 18h. O Sesc Pompeia exige que todas as pessoas com mais 5 anos de idade devem apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19, além de um documento com foto. Crianças de 5 a 11 podem apresentar comprovação de apenas uma dose da vacina, mas quem tiver mais de 12 anos, precisa comprovar as duas doses ou dose única do imunizante. O comprovante pode ser físico (carteirinha de vacinação) ou digital e o uso da máscara, cobrindo nariz e boca, continua obrigatório durante toda a permanência no Sesc Pompeia, que fica na Rua Clélia, 93. Além de ser grátis e livre para todos os públicos.

275564829_5245499842161064_5532159242471809125_nPelo grande afluxo de público, é recomendável para quem puder, fazer a visita à exposição de terça a sexta. Nos finais de semana, longas filas se formam desde a entrada da unidade do Sesc. E também é recomendável que as pessoas redobrem os cuidados com os seus celulares quando estiverem a espera de seu aplicativo ou encontrar com os amigos, na calçada em frente ao Sesc Pompeia. Uma gangue de ciclistas aproveita a distração das pessoas para roubar, em segundos, os aparelhos celulares. Mas apesar disso, a visita é fundamental e o trabalho de Salgado merece ser conhecido, por todos. (GA)

Amazônia – Sebastião Salgado, Curadoria e cenografia: Lélia Wanick Salgado, Sesc Pompeia, Rua Clélia, 93, Pompeia

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