Os últimos censos no país vêm comprovando algo que já percebíamos há um bom tempo: estamos vivendo mais. Graças a isso, ou então, para que isso aconteça, passamos a ter mais cuidados com a nossa qualidade de vida. E o ponto fundamental para a longevidade é prestar atenção à saúde. Isso vale para mulheres e também para homens!
“O IBGE mostrou que a mulher vive até os 77 anos e o homem até os 69. E um dos motivos é que o homem deixa para um segundo plano sua saúde, infelizmente”, alerta o Dr. Wagner Morandini, urologista que atende na Pompeia.
Assim como as mulheres, os homens também sofrem oscilações hormonais conforme vão envelhecendo, o que provoca a andropausa, que também leva o nome de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Com a queda dos níveis de testosterona, natural com a idade, alguns sintomas costumam surgir, como irritabilidade, fadiga, sono além do normal, perda da ereção, desinteresse da atividade sexual, depressão, aumento da circunferência abdominal ou perda da massa muscular. “De acordo com os sintomas, quando o homem tem pelo menos quatro, cinco deles, já é um indicativo importante de que ele possa ter esse distúrbio. Temos que fazer uma investigação diagnóstica, fazendo exames hormonais e, constatando a diminuição, você faz a reposição hormonal de testosterona”, o doutor explica. E não só o urologista fica de olho nesses sintomas, cardiologistas e até mesmo clínicos gerais costumam ficar atentos.
Há várias formas de se fazer a reposição hormonal, ficando a cargo de cada profissional escolher a que for mais apropriada. E, como acontece com as mulheres, a reposição hormonal é necessária para sempre.
Outro exame temido pelos homens mas de extrema importância é o exame do toque, que pode diagnosticar até um câncer de próstata. “É uma coisa que precisa ser feita. Infelizmente, o câncer de próstata quase já passou o de pulmão nos homens. O câncer de próstata avançado produz uma morte dolorosa, porque ele pega o osso. Quem já viu ou passou perto, acha que o toque não é tão problemático quanto a doença”, diz ele. A prevenção deve ser feita uma vez por ano, a partir dos 40 anos. Porque sua saúde vale muito mais do que qualquer preconceito.