Existe uma série de deficiências físicas que tornam o aprendizado de uma criança diferente. Já ouvimos muito sobre síndrome de Down, paralisia cerebral, deficiências auditivas, visuais, hiperatividade etc. Mas foi-se o tempo que crianças assim eram afastadas do convívio social e até mesmo das escolas. A inclusão de pessoas especiais em todos os setores da vida é uma realidade, seja nos escritórios, nas escolas e em locais públicos.
Conversamos com Nivea de Carvalho, psicóloga, psicopedagoga e diretora-geral do Colégio Graphein, para entender melhor o que acontece nas salas de aula, entre professores e alunos especiais. “Tenho acompanhado o projeto de inclusão no Brasil desde a primeira hora e tenho ouvido muita bobagem. Não adianta você colocar uma criança numa sala que não está adequada a ela, porque isso não vai fazer nenhum bem para essa criança. Ela tem que ser colocada numa sala adequada. A sala tem que estar bem preparada para receber essa criança e o profissional responsável também tem que estar bem preparado”, diz ela.
No colégio onde é diretora, pela manhã eles trabalham com as crianças que têm dificuldades de se adaptar em escola comum e, à tarde, com as especiais. “Criança com dificuldade é aquela mais sensível, que tem problema de rebaixamento de autoimagem, vícios de aprendizagem. Nós tentamos sempre trabalhar com a família. Quando você consegue a adesão da família, o trabalho flui muito mais rápido”, explica Nivea. Trabalhando com turmas de dez alunos em média na sala de aula, o colégio consegue identificar o jeito de cada aluno aprender: “Seu centro de interesse, seu tema… É como se tivesse um projeto para cada aluno. Então o professor planeja a aula global e depois especifica um trabalho para cada aluno”, continua explicando Nivea. Cada criança tem seu prontuário (ou dossiê) e o ensino das matérias é feito respeitando seus conhecimentos. O planejamento escolar é baseado em cada criança e não na classe como um todo. “Eles vão descobrindo que conseguem enfrentar suas dificuldades. É a metacognição, ou seja, aprender a utilizar ao seu favor sua dificuldade. Tento ensinar aos meus alunos a trabalhar com isso, todos temos nossas dificuldades”, conclui.
Colégio Graphein
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