Desde 2004 o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) estimula o empreendedorismo feminino no país através do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. As participantes enviam sua história para a entidade, que seleciona algumas e envia ao local um consultor, para acompanhar de perto o trabalho. O prêmio é uma parceria entre o Sebrae, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW – Brasil), com o apoio da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Este ano, uma das finalistas do prêmio é de Perdizes: Patrícia Stanquevisch, da Moventis, Centro de Educação pelo Movimento.
“Precisei contar toda minha história”, diz ela. “Sempre fui uma criança muito ativa e meus pais não tiveram condições de me dar aula de dança, ginástica. Cresci querendo fazer as coisas. Entrei na faculdade de Educação Física e descobri que podia proporcionar isso para as pessoas, pobres, ricas, gordas, magras”. Ainda na faculdade, Patrícia foi para a Suécia, como ginasta, e descobriu que lá todo mundo fazia ginástica. “Eu me perguntei: por que não posso fazer isso?” Assim nasceu a Moventis, uma escola onde a atividade física caminha junto com outros conceitos de ética e cidadania.
“Tenho muitos alunos mas nem todos entenderam que a intenção não é simplesmente praticar um esporte. Muitos pais também não perceberam o trabalho de socialização que fazemos dentro do grupo para sermos cidadãos melhores. Não é só praticar uma atividade física para ficar bem, para emagrecer”, explica.
Patrícia diz que seu lema é “não consigo não existe”. Ela sabe que com as técnicas certas todo mundo consegue. “O momento mais feliz do meu trabalho é quando um adulto faz uma coisa que ele pensa que nunca vai conseguir fazer”, diz. Uma cambalhota, uma estrela, são sempre desafios para vencer. A Moventis está apta para atender todo tipo de pessoa: crianças, adolescentes, adultos, idosos e também pessoas com necessidades especiais.
Além disso, Patrícia tem um projeto social – De Pernas pro Ar – com outros comerciantes do bairro. “Atendo 30 crianças gratuitamente de uma favela perto da Marginal”. Se mais gente se juntasse a ela com doações, seria ótimo.