Histórias de pescador

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Pescar pode ser o ganha-pão de muita gente, mas há apenas os que fazem da pescaria um modo de relaxar, se divertir com os amigos ou pelo prazer de capturar alguns peixes. É um ritual desde a compra do material a preparação de todas as tralhas, o planejamento da viagem, a volta e, claro, as histórias para contar.
Vivaldo Palos do Nascimento já foi mais pescador. Hoje, por conta da loja de pesca, acabou diminuindo a freqüência das viagens. “Pescava muito de costão, na beira do mar, perto de pedras. Ali os peixes vêm comer os mariscos que se quebram nas pedras, os peixes marisqueiros. O sucesso é bem grande”, conta ele.
Para os iniciantes dessa arte, Vivaldo é a pessoa certa para indicar absolutamente tudo. Quem se aventurar a pescar em alto-mar, por exemplo, deve saber que 80% das pessoas enjoam. “Enquanto está perto da costa é razoável, mas depois que não se vê terra e o barco pega ondas grandes, as pessoas passam mal”, avisa ele. O equipamento para pesca em alto-mar é mais pesado – tem que ter a melhor isca possível e o anzol tem que ser bom também. “A novidade são algumas iscas artificiais, como o jumping jig, que é um peixinho brilhante e pesado. Ele não precisa ser arremessado, pois desce naturalmente, só com os movimentos de vara. Parece que o peixe está nadando”, garante Vivaldo. Sua loja tem também o shad, uma isca boa para pescar garoupa, e linhas multifilamento, que são mais finas porém mais resistentes.
Mas a maior procura é para pesqueiros. Segundo ele, a emoção é a mesma de qualquer pescaria. “A maioria dos pescadores treme ao pegar um peixe, seja onde for”, garante. Os pesqueiros são uma forma de ir com a família toda, são confortáveis e oferecem de tudo. Vivaldo explica que os peixes de pesqueiro também são bons de briga. Ele comenta que, hoje, muitas mulheres freqüentam pesqueiros: “Como as crianças estão se interessando pela pesca, a mãe acaba indo junto, porque o pai às vezes não tem tanto tempo”.
O mais importante é planejar tudo, verificar o equipamento, saber sobre o lugar. E Vivaldo dá um aviso importante: “Cuidado quando arremessar o anzol. Olhe para ver se não vai pegar em alguém”.

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