Nosso bronze olímpico

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O judô é um dos esportes que o Brasil mais ganhou medalhas em olimpíadas. E é essa a expectativa da equipe brasileira que está treinando para Pequim-08, que acontecerá em agosto, na China. Mas os atletas de hoje reverenciam, com justiça, a figura de Chiaki Ishii, que ganhou a primeira medalha (bronze) do judô brasileiro em Munique-72.
Hoje, o professor Ishii continua ensinando o esporte que aprendeu com o avô e o pai lá no Japão. Em sua academia forma atletas no esporte. De suas três filhas, a mais velha Tânia e a caçula Vânia também viraram atletas olímpicas. A do meio, Luíza, praticou o esporte, mas ficou fora das competições. Tânia esteve em Barcelona-92 e Vânia já participou de três (Atlanta-96, Sidney-00 e Atenas-04) e está disputando uma vaga para Pequim.
Quando imigrou para o Brasil em 1964, Ishii, então pedagogo formado no Japão, seguiu para a região de Presidente Prudente e cursou escola agrícola. Era para trabalhar na agricultura, mas como continuava a lutar e a vencer nos tatames, decidiu mudar-se para a capital e abriu sua primeira academia, no bairro da Lapa. Como ainda não era naturalizado brasileiro, não participava de competições oficiais. Isso aconteceu quando o Japão enviou seus campeões nacional e mundial para divulgar o esporte por aqui. Ishii os venceu e recebeu o convite para se naturalizar brasileiro. Foi o que fez e a partir daí o judô brasileiro iniciou uma promissora carreira. Ele, juntamente com o judoca Lhofei Shiozawa estiveram em Munique-72. Mesmo com o bronze, Chiaki diz ter ficado emocionado ao ver a bandeira do Brasil no pódio. Era a primeira medalha olímpica do judô para o Brasil.
Sempre teve o judô ligado a sua vida: “eu amo o judô”, declara o judoca. Ele recomenda o esporte para crianças a partir dos cinco anos, independente do sexo. “Ajuda na saúde, na disciplina, na formação do caráter”, garante o faixa-preta 8º Dan. Sua academia já formou diversos campeões nestas três décadas de existência e pretende continuar nesse caminho. Além do judô, o karatê também é praticado sob a responsabilidade do professor Oscar Higashi (6º Dan).
O professor Ishii, quando não está no tatame, se dedica a cultivar orquídeas em sua chácara em Ibiúna. Também gosta de pescar e de jogar golfe com os amigos da colônia japonesa.

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