Resta uma esperança

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A dependência química é uma doença que atinge a um grande número de pessoas. Além do dependente, a família e os amigos também sofrem com a doença que ataca a todos indiscriminadamente, sem distinção de gênero, etnia, classe social ou nível de escolaridade. Sofrimento, medo, amargura, desespero e ansiedade também atingem aos que convivem com os dependentes químicos.
A boa notícia, e que poucos sabem porém, é que existem meios de reaver a sanidade e está mais próximo do que se imagina. Esse é o trabalho desenvolvido pelo Grupo Nar-Anon-Káritas da Pompeia, que existe desde 2003.
Formado e voltado para familiares, ele presta assistência e ajuda à familia e amigos dos adictos. O atendimento não tem custo de matrícula ou mensalidade e é aberto a qualquer pessoa interessada. As reuniões acontecem às terças-feiras, às 20h em uma sala alugada dentro da Káritas Entidade Espírita Kardecista, que também presta atendimento para os dependentes químicos no mesmo dia da semana, das 18 às 22h.
Segundo E.R., mãe de um adicto em recuperação, “para quem está chegando, recomendamos que os interessados assistam de seis a oito sessões para entender o nosso trabalho”. Para V.R.S., outra mãe que participa do Káritas-Pompeia, “Antes, a gente fica achando que é culpa nossa e quando ouvimos a história das outras pessoas percebemos que não é nada disso. Aqui, a gente aprende a encarar o problema e conviver com ele”.
“O trabalho aqui desenvolvido tem base nos mesmos 12 passos, tradições e princípios dos Alcoólicos Anônimos e tem eficácia, incluindo benefícios indiretos aos próprios dependentes, que ao perceberem seus parentes melhorando, são estimulados a também buscar ajuda”, diz A.N., outra integrante.
Nas reuniões não se discute política ou religião. O tempo é empregado em leitura e reflexão de um texto sugerido para o dia e de acordo com o número de participantes. Cada um, se quiser, e dentro de um tempo predeterminado, faz uso da palavra. Não há críticas nem comentários. A ideia é buscar a reflexão e como conviver com as dificuldades que cada um enfrenta com seu parente ou amigo adicto.

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