Conhecido popularmente como o líquido espinhal, o LCR, ou líquor cefalorraquiano é um líquido transparente e incolor que se produz nos ventrículos cerebrais do Sistema Nervoso Central e ocupa um espaço no cérebro e na medula espinhal. Sua função consiste em proteger o cérebro contra choques, pressões ou alterações súbitas da pressão venosa, além de ser um lubrificante natural.
A análise do líquido cefalorraquiano é significativamente importante para o diagnóstico de doenças do SNC, capaz de detectar 80% das patologias, segundo Nagib Sallum, médico patologista clínico que há 30 anos atua com uma equipe especializada nesse tipo de exame e dirige o Líquor Laboratório Clínico Nagib Sallum.
Entre as doenças neurológicas reveladas nos exames de líquido cefalorraquiano estão as meningites, as hemorragias, as doenças inflamatórias, as neoplásicas e as doenças desmielinizantes, esclerose múltipla, leucemias, linfomas, e nos últimos anos, com o aprofundamento dos estudos clínicos, passou a revelar também o Alzheimer.
De acordo com o médico, o exame do líquido espinhal é bastante delicado e invasivo, e por isso requer que seja realizado por um profissional experiente da área da medicina. Além disso, salienta, os procedimentos envolvem apenas médicos especializados. “O paciente vem encaminhado por outro médico e o contato é feito diretamente com esse médico porque não vamos fazer os exames solicitados pelo próprio paciente”, adverte.
A punção é quase sempre feita na região lombar, porém, há casos em que o líquido pode ser colhido na região posterior do pescoço, mas é o médico quem vai determinar o tipo de exame, dependendo da suspeita clínica. Todo o procedimento é feito com uma agulha de fino calibre e descartável, provocando uma dor semelhante àquela quando tiramos sangue para exames mais populares.
Após a punção lombar, é recomendado repouso de 24 horas sem fazer uso de travesseiro