Apaixonado|pelo rádio

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O rádio, este ótimo parceiro que muitas vezes nos faz companhia ao dirigir o carro ou em casa para saber das notícias e ouvir uma música. Para Delcio Pagliari, um simpático morador da Pompeia, virou coleção e traz muita satisfação.
A ligação dele com o rádio vem dos tempos de criança quando seu pai, Giacomo Pagliari, mais conhecido por Mino, tinha a loja América, que funcionou por anos na esquina das ruas Turiassu com Minerva. “Foi uma das primeiras lojas a ter um pouco de tudo aqui na região”, explica o representante comercial. “Quando ele fechava a loja, reunia os amigos e ficavam ouvindo as notícias pelo rádio e conversando”.
Curioso e dono de muita habilidade com ferramentas e eletricidade, Delcio na adolescência criou o seu primeiro rádio de galena e até construiu outros para os colegas de escola. Desde então, sempre consertou seus rádios e dos amigos.
A experiência adquirida permite que ele, hoje, restaure qualquer tipo de rádio. Sua coleção com mais de 80 peças tem os mais variados tipos e modelos. Detalhe: todos funcionam! “Às vezes demoro um tempo para achar as peças. Mas quando termino, o rádio funciona perfeitamente”, diz com satisfação.
Além de ser um apaixonado por rádios, Delcio também é radioamador. Sua identificação é 2wtt e teve a oportunidade de conversar com o astronauta brasileiro Marcos Pontes quando ele estava em órbita na estação russa Soyuz em 2006. “Foi emocionante. Depois ele me enviou um postal dele para minha coleção”, relata feliz.
Os rádios da sua coleção foram comprados em feiras de antiguidade e outros vieram através de doação de amigos. “Muitos deles chegam em péssimas condições, cheios de cupins e sem funcionar. Com paciência, restauro as caixas e depois a parte interna. No final, o rádio fica como novo”, ele explica.
Um dos exemplares mais queridos por Delcio é um rádio americano da marca Atwater Kent de 1932. Os vários rádios tipo capelinha e outros ícones que já saíram de linha ainda mantêm a beleza da época que dominavam as salas de estar das famílias antes da chegada da televisão.
A coleção pode ser visitada, mas é preciso agendar. Ele espera que um dia seus rádios possam ser vistos por mais pessoas em uma exposição, “quem sabe aqui na região”, finaliza.

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