Medidas simples podem|evitar o AVC

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Dr. Márcio Whitaker, geriatra e neurologista

Mais conhecido como derrame cerebral, essa doença, de alta prevalência no Brasil, pode ser evitada com hábitos saudáveis e visitas periódicas ao médico.
O AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame cerebral, é uma doença de início súbito, na qual a pessoa pode apresentar dificuldade na fala ou articulação das palavras, paralisação ou falha de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo e perda parcial da visão. Se não socorrido a tempo, o paciente pode evoluir para o coma, ficar com sequelas e até morrer. 
As doenças cardiovasculares, nas quais o AVC está inserido, são as que mais matam em nosso país (cerca de um a cada três casos). O AVC representa 1/3 desse total. Dados do Ministério da Saúde mostram que 100 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil e que São Paulo é o Estado de maior incidência, com 21 mil óbitos anuais. Para Márcio Whitaker, médico geriatra e neurologista, da Clínica Médica Dr. Whitaker, localizada em Perdizes, apesar dos números assustadores, o AVC pode ser evitado com medidas simples, como hábitos saudáveis e visitas periódicas ao médico. “Deve-se manter uma alimentação balanceada, hipolipídica (pobre em gorduras), com doses adequadas de carboidratos, associada à preservação de atividade física: uma caminhada diária ou prática de esportes”, recomenda.
O dr. Whitaker explica que o AVC atinge com mais frequência pessoas acima dos 50 anos. Entretanto, ele pode ocorrer em jovens que tenham alterações na coagulação sanguínea, doenças inflamatórias dos vasos ou que sofrem traumatismos.“Basicamente existem dois tipos de derrames: o isquêmico e o hemorrágico. No isquêmico, o sangue para de circular em determinada área do cérebro, por conta de obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Esse tipo ocorre com mais frequência em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e em fumantes. No hemorrágico, acontece um sangramento cerebral por rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo. Essa hemorragia pode ocorrer por conta de hipertensão arterial, aneurisma, problemas na coagulação do sangue ou traumatismos. O hemorrágico acomete pessoas mais jovens e a evolução é sempre mais grave”, descreve o dr. Whitaker.
Seja qual for o caso, o importante é o socorro imediato do paciente. “É preciso levá-lo a um hospital com equipe de neurologistas de plantão, não pode ser a um consultório, por exemplo. Até seis horas de evolução, os AVCs isquêmicos podem ser revertidos. Já os AVCs hemorrágicos, dependendo da proporção de sangramento, necessitam ser operados para drenagem do sangue. Nesses casos, quanto mais rápido o procedimento, maior a chance de sobrevida do paciente”, finaliza.

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