Nem toda vertigem é labirintite

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Tontura, vertigem e labirintite são problemas diferentes que podem ser tratados por meio da medicina ocidental e acupuntura.

É comum ouvirmos, a qualquer tropeço de alguém, que ele está com labirintite. O que pouca gente sabe é que a doença não é tão comum assim. O nome labirintite é usado para designar a inflamação ou infecção dos labirintos, que ficam dentro do sistema vestibular, órgão responsável pelo equilíbrio do corpo, e o diagnóstico não é tão simples.
Quando há desequilíbrio, a pessoa pode estar com tontura ou vertigem, dois termos distintos. Na tontura, a pessoa se sente zonza, com a visão alterada e a impressão de que vai pisar em falso, e enjoada; na vertigem, um tipo de tontura, ocorre a sensação de que o ambiente está rodando. De acordo com a diretora e fisioterapeuta neurológica da Clínica Cauchioli, Mariana Cauchioli, as causas mais comuns de vertigem são a calcificação de áreas do labirinto, deslocamento dos cristais, traumas e excesso de líquidos. Porém, vale ressaltar que as inflamações e infecções – causadoras da labirintite – também podem levar à sensação de vertigem.
De acordo com ela, a vertigem posicional, causada pelo deslocamento dos cristais – desencadeados pelo movimento da cabeça, daí o nome –, é a causa mais comum das vertigens. Embora seja benigna, a doença aumenta o risco de quedas, principalmente em idosos, levando-os ao isolamento por medo. “O idoso se anula do mundo exterior com medo de cair outra vez e o tratamento é simples, porém minucioso. Aqui na clínica nós fazemos tratamento multidisciplinar com exercício de reposicionamento dos cristais, fisioterapia tradicional, tratamento comportamental e acupuntura”, diz. 
Atrelar os benefícios das medicinas ocidental e oriental é um diferencial da clínica. O fisioterapeuta e acupunturista Renato Tessare explica que, segundo a medicina chinesa, é fundamental que as funções energéticas entre os órgãos estejam em sintonia. O paciente que chega ao local encaminhado pelo otorrino com labirintite está com a energia do fígado e da vesícula desequilibrada. Aplicar acupuntura nos pontos relacionados aos órgãos ajudará no tratamento. “Isso não quer dizer disfunção no próprio órgão, mas na sua função energética”, alerta. Segundo Renato, depois de 30 a 40 sessões o paciente sentirá melhoras nos sintomas. (SV)

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