Hipertensão pulmonar

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Com poucos registros no país, a doença está relacionada a problemas do coração.

A doença não faz distinção: atinge todas as faixas etárias, de qualquer sexo ou nível socioeconômico. A hipertensão pulmonar se dá quando as artérias – ou vias sanguíneas – do pulmão se estreitam e dificultam a passagem do sangue no órgão para oxigenação, aumentando a pressão pulmonar, conforme sugere o nome. Segundo o cardiologista do Hospital Albert Einstein – Unidade Perdizes-Higienópolis – Tarso Augusto Duenhas Accorsi, há duas classificações para a incidência do problema. A primeira, e mais comum, está relacionada a problemas cardíacos. “Qualquer problema cardíaco que enfraqueça o músculo, ou que faça o músculo trabalhar diferente, ou mau funcionamento da válvula do coração pode causar hipertensão pulmonar. Nesse caso, o tratamento terá como foco o coração”, elucida. A segunda classificação está no grupo de pessoas que desenvolveram o problema por meio de distúrbios que afetam os pulmões, a exemplo de doenças hematológicas, como anemia; doenças autoimunes, como o lúpus; doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC; portadores do vírus HIV, entre outros. “A esquistossomose (barriga d´água), transmitida pelo caramujo, muito comum em áreas sem saneamento básico adequado, pode ser outro motivo”. Quando não se consegue identificar a causa da doença, o diagnóstico é caracterizado como hipertensão arterial pulmonar idiopática.

Os registros da doença são poucos. “Estudos americanos mostram que há de um a dez casos por milhão de habitante registrados”. Mesmo assim, Tarso alerta que a doença é grave e pode levar à morte em menos de um ano, caso não seja tratada.

Entre vários sintomas, a pessoa que apresenta hipertensão pulmonar pode sentir falta de ar, dor no peito, tontura e/ou desmaio, inchaço nas pernas ou nos tornozelos e fraqueza. Para um diagnóstico preciso, Tarso diz que o exame habitual é o ecocardiograma. “Porém, o diagnóstico definitivo é feito pelo cateterismo”.

Os principais cuidados para quem já desenvolveu o problema é evitar fazer esforço para não ter falta de ar, e receber oxigênio, no caso de oxigenação baixa: “principalmente se for viajar de avião”, orienta Tarso; tomar remédios diuréticos, que diminuam os inchaços – sempre com prescrição médica. “E vacinação para tudo, principalmente contra a influenza, vírus da gripe, e contra a pneumococo, uma das bactérias que leva à pneumonia”. (SV)

Dr. Tarso Augusto Duenhas Accorsi
Cardiologista
Hospital Israelita Albert Einstein
Unidade Perdizes-Higienópolis
R. Apiacás, 85
Telefone 2151-1233
www.einstein.br/nossas-unidades/Paginas/perdizes-higienopolis.aspx

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