Centro de cultura localizado no bairro se tornou patrimônio cultural brasileiro.
Com votação unânime pelo do conselho consultivo do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o prédio, erguido em 1938 pela empresa alemã Mauser & Cia. Ltda., funcionou por anos como fábrica de tambores e em 1945 virou uma indústria de geladeiras a querosene. O tombamento havia sido pedido em 2013, quando o Sesc Pompeia completou 30 anos de existência.
O Sesc decidiu construir a unidade Fábrica Pompeia na Rua Clélia, entregou o projeto de readaptação para a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992), que gerenciou o andamento da obra num escritório montado no local.
Italiana de nascimento, Lina trabalhou como arquiteta e publicitária durante a Segunda Guerra e atuou na resistência contra o fascismo. Em 1946, decepcionada com os rumos políticos da Europa, chegou ao Rio de Janeiro em companhia do marido, Pietro Maria Bardi. No Rio, conheceu arquitetos como Oscar Niemeyer, Lucio Costa e Edgar da Rocha Miranda. Em 1951 naturalizou-se brasileira e nunca mais voltou à Itália. É de sua autoria o projeto do MASP, que também é tombado pelo Iphan.
Desde sua inauguração, o Sesc Pompeia se tornou uma referência cultural na cidade. Atividades esportivas e sociais, shows com grandes artistas a preços populares, além de exposições, mostras e um teatro com intensa programação para todos os públicos.
Em 2013, em comemoração aos 30 anos da, o Sesc promoveu uma exposição sobre o edifício, que é formado pela antiga fábrica e um prédio moderno, em concreto aparente, onde estão localizadas quadras de esportes e centros de convivência. E no final de 2014, no centenário da arquiteta, o Sesc Pompeia foi um dos locais onde o Instituto Bardi comemorou a data, com a mostra “A arquitetura política de Lina Bo Bardi”.
Em 2009, o prédio já havia sido tombado pelo Conpresp – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.
Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93, Pompeia
Telefone 3871-7700
www.sescsp.org.br