Um dos maiores artistas gráficos do Brasil, Elifas Andretto morreu no dia 29 de março, aos 76 anos, em São Paulo.
Paranaense de Rolândia (PR), Elifas morreu em decorrência de um infarto, depois de uma semana de internação.
Ilustrador e autor de mais de 330 capas de discos de artistas da MPB como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Tim Maia, Martinho da Vila, Elis Regina, Adoniran Barbosa, entre outros. Criou muitas capas de livros, cartazes de shows e de peças teatrais.
Na imprensa, trabalhou em Veja e outras publicações, ilustrou a coleção de fascículos da História da Música Popular Brasileira da Abril. O último trabalho, ainda inédito, é o cenário do musical Morte e Vida Severina, com direção do irmão Elias Andreatto, que tem estreia marcada para o dia 16 de abril no Tuca da PUC-SP.
Editou por anos o Almanaque Brasil publicação que valorizava os temas brasileiros, como a cultura, o artesanato e o folclore, entre outros temas. Em 2018, publicou o livro Traços e Cores, uma reunião de cerca de mil de suas obras gráficas. Foi ele quem idealizou o troféu do prêmio Vladimir Herzog que premia aquelas pessoas que trabalharam pelos direitos humanos e é concedido anualmente pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Sempre esteve engajado na luta pelos trabalhadores. Figura presente nas lutas sociais, nunca dizia não quando convidado para criar uma nova publicação de uma associação ou sindicato profissional.
Em julho de 2018, foi capa da edição do Guia Daqui Perdizes Pompeia. Depois de morar vários anos em Perdizes, mudou-se para uma tranquila casa em Embu das Artes mas fez questão de manter o atelier onde trabalhou muitos anos.
Elifas é pai de Laura e Bento Andreatto. E como escreveu seu irmão Elias, “Você retratou o que nosso povo brasileiro tem de mais belo: a dignidade!” (GA)
@elifasandreatto
facebook.com/elifasandratto