Seja positivo!

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Seja positivo!

Cada palavra proferida tem o poder de fazer o bem ou o mal, a escolha é toda sua.

Nesta entrevista exclusiva ao Guia Daqui Perdizes-Pompeia, o jornalista e escritor do bairro, Lauro Henriques Jr., fala sobre condicionamento social, negatividade e poder de transformação através do uso de bons pensamentos e boas palavras. Ele conta como se inspirou para escrever seus livros, lançados entre 2011 e 2012 pela Editora Leya, para o qual entrevistou físicos, mestres, gurus, médicos, terapeutas de renome no Brasil e no mundo. Acompanhe.

Como surgiu a ideia de escrever seu primeiro livro, Palavras de Poder? Surgiu por intuição. Eu quis compartilhar com as pessoas o que havia vivido e aprendido com grandes mestres e gurus, através da minha experiência como editor de uma revista chamada “Revista das Religiões”, que era da Superinteressante Espiritualidade. Cada pessoa que entrevistei, cada palestra que assisti ou livro que li, me transformou de alguma maneira. Assim, como não havia nenhum livro nesse formato, que abordasse a espiritualidade, sem vínculo com religião ou dogmas, reuni vários entrevistados especiais e os dividi entre brasileiros e estrangeiros, em dois volumes. Posso afirmar que Palavras de Poder é o livro que eu próprio gostaria de ter lido quando me iniciei no caminho do autoconhecimento. Nos dois livros, ao todo, são 26 entrevistados de tradições e terapias diferentes, que mostram inúmeros caminhos para os leitores.

Quando esses volumes foram lançados e qual foi a repercussão? Lancei os dois volumes em 2011 e mais três livros de bolso (O Pequeno Livro da Sabedoria, O Pequeno Livro das Orações e O Pequeno Livro das Fábulas) em 2012. Me emociono muito quando sou abordado por alguém que já leu meus livros. As histórias de transformação que ouço são incríveis.

Como seus livros ajudam as pessoas? Eles ajudam à medida que a pessoa passa a entender as mensagens dos grandes mestres. Não é que a pessoa se ilumine, saia por aí flutuando, nada disso. Ela passa a enxergar a vida de modo diferente, olhando mais para as qualidades que tem, ao invés de olhar para as que não tem, agradecendo o que já conquistou ao invés de ficar maldizendo o que falta, entre outras coisas. As pessoas estão acostumadas a reclamar de tudo e isso é extremamente negativo.

O que a negatividade pode gerar? A autossabotagem. Quanto mais a pessoa se culpa e reclama, mais sua vida paralisa. Ela não consegue ver adiante, não enxerga a saída, ou seja, não age e não transforma. Quando para de reclamar, ela aprende com os erros e toca a vida para frente e muda positivamente sua realidade. O maior medo do ser humano é a luz que tem, o amor que pode gerar e a força que possui.

Somos compelidos a reclamar? Sim, com toda certeza e por uma série de coisas que ficaria horas descrevendo… A sociedade atual, por exemplo, nos compele a reclamar porque, quanto mais insatisfeito você está consigo mesmo, mais ela pode te empurrar coisas para comprar e “melhorar”. Uma pessoa satisfeita não compra tanto, não é manipulável, passa a duvidar de produtos milagrosos, fica mais seletiva e não se deslumbra com carros, casas, roupas. Cito um dos meus entrevistados, o físico quântico Amit Goswami, que diz que as pessoas vivem diante de duas forças: uma que as puxa para uma vida condicionada, na qual você tem de ser bonito, ter o corpo ideal, comprar o carro do ano, tem, tem, tem… porque o mundo vive disso. A mensagem embutida é “seja o que você não é”. A outra força é aquela que mostra o caminho da realização, da vida plena através da aceitação, da criatividade e da realização.

O que fazer para transformar a vida? Parar de reclamar, começar a agradecer e descobrir soluções para os problemas. Outra coisa: se não tiver nada o que dizer, não diga, já diziam os árabes. O silêncio é melhor do que as más palavras. Também é preciso enxergar a vida como uma conselheira e não como inimiga. Ouvir mais o que a vida está te dizendo em momentos aparentemente negativos, perceber qual caminho ela está apontando. Outra entrevistada do livro, a americana Susan Andrews, diz que “o estresse não é gerado por uma situação em si, mas sim pela reação individual àquela situação.” Para quebrar o vício de reclamar, é necessário olhar a vida com gratidão, confiar nas próprias capacidades e levar a luz para os que necessitem, sempre.

Qual foi o seu maior aprendizado ao escrever esses livros? Essa foi uma das perguntas que fiz para a escritora Lia Diskin, que tem um contato muito próximo com o Dalai Lama, e a resposta foi: “Tive muitos aprendizados com o Dalai, mas o maior deles foi que somos interdependentes dos outros”. Lia explicou que, quando o Dalai chega a algum lugar para fazer palestras, em geral, ele se isola. Quando termina, ele reúne as pessoas dos bastidores, ou seja, camareiros, copeiros, cozinheiros… e agradece pessoalmente o trabalho de cada pessoa. Ele diz que sem elas ele não seria o Dalai Lama, pois não teria local limpo para ficar, ou comida para comer, um lugar agradável para palestrar… Isso mostra o quanto somos dependentes uns dos outros e o quanto menosprezamos uns aos outros, muitas vezes para nos sentirmos superiores. O que é uma bobagem.

O que mais você recomenda ao leitor? Todos sabem que meditar faz muito bem, isso já foi comprovado, mas nem todo mundo tem tempo para isso. Assim, recomendo  meditar rapidamente quando possível. No trânsito da Pompeia ao invés de xingar um motorista, feche os olhos, respire três vezes profundamente, abra um sorriso por um minuto… Esperando o elevador, faça a mesma coisa, e assim por diante. Isso acalma a mente, um minuto por vez já ajuda muito!

E sua relação com a Pompeia? Sou mineiro de Belo Horizonte e, quando vim pra cá, quis morar na Pompeia, por conta do meu amor aos Mutantes. E não é que consegui? Moro há três quarteirões da casa que foi da família do Arnaldo Batista. Adoro o bairro, ando muito a pé, vou ao Sesc, ao Parque da Água Branca, ao Grãos da Terra. Acho que a Pompeia permite que as pessoas se conheçam e conversem nas ruas.

Palavras de Poder
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