Estilo para todos

0
1389

Foto:

Formas e cores em harmonia

Quem passa pela Rua Tavares Bastos e fica parado no semáforo da Avenida Pompeia já deve ter notado uma construção arrojada e diferente bem no meio do quarteirão. Ali se instala um dos mais conceituados e premiados designers brasileiros, Fernando Jaeger. “Me formei em Desenho Industrial na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e morei  oito anos por lá. Trabalhei numa indústria de móveis que eram 31 quilômetros pra ir e outros 31 pra voltar… Aí vim pra São Paulo e decidi que queria trabalhar e morar perto do trabalho”, lembra Fernando. E assim, ele mudou para a Lapa e trabalhava do outro lado da rua. Depois mudou para a Pompeia, em 1982, um bairro estratégico, segundo ele: “Perto das principais rodovias, entre as marginais, perto dos Jardins, da Paulista”.
Em 1995 a loja que funciona na Rua Cel. Melo virou showroom e ponta de estoque. Depois ele abriu uma em Moema, outra no Rio de Janeiro, e o sonho de ter uma loja própria veio em 2005 com a compra de uma casinha velha que foi transformada totalmente (sua esposa é arquiteta).
O que o destaca no mercado nacional é a postura clara: “Sempre procurei ter um design com diferencial de preço, bem mais acessível ao público. Não pratico preço de lojas caras”, afirma Fernando. A loja vende móveis, tapetes e tecidos. “Adoro madeira, um material curioso, caloroso, acolhedor. Nossa identidade é muito colorida. Isso tem uma ‘brasilidade’ que os estrangeiros notam muito mais que a gente”, revela. Entre mesas, aparadores e cadeiras, encontramos almofadas grandes e coloridas, e tecidos para decoração: “Escolhemos a coleção de tecidos que tenha a ver com o perfil e a identidade do nosso mobiliário, porque o tecido é a roupa do sofá, da poltrona, é como uma pessoa: se você mudar a roupa, muda a personalidade”. Agora ele também está desenvolvendo tecidos exclusivos.
Com o ‘banco Bienal’, Fernando rouba a cena: além de exportar para os Estados Unidos, o banco aparece numa cena do filme “Marley e Eu”. “O banco surgiu em 2001, quando fui convidado a fazer o bar da Bienal. Para um dos acabamentos do assento, resolvi agregar o trabalho artesanal de um pessoal mais simples. Assim, trabalhei com duas cooperativas, a Aldeia do Futuro (SP) e a Copa Roca (RJ). Eles fazem a capa, com tecidos de sobra de moda praia”, explica.
No lançamento desta edição, Fernando estará na Alemanha, como um dos jurados do International Design Award 2009, prêmio para estudantes com projetos de móveis e acessórios futuristas.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA