Música boa e ao vivo

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No ano dos seus primeiros cinquenta anos, o Bar do Alemão, a cada noite oferece uma programação com música ao vivo de qualidade.

A história do Bar do Alemão, tem início em 1968, naquele ano que segundo o escritor Zuenir Ventura, “o ano que não terminou”. Por aqui, os militares comandavam o País com força e o clima geral era de apreensão. Na França, por exemplo, os estudantes saiam pelas ruas de Paris para exigir mais liberdade. Caetano Veloso cantava que “era proibido proibir!”.

Eduardo Gudin (dir) também é uma das atrações do Bar do Alemão (Divulgação)
Eduardo Gudin (dir) também é uma das atrações do Bar do Alemão (Divulgação)

O  fundador foi Murilo que tinha uma imobiliária na região da Água Branca. “Murilo era bandolinista amador e tinha o estranho hábito de cerrar as portas do bar às 10h. Depois disso só os amigos e músicos”, escreve Luiz Nassif em um texto onde narra a história do bar musical.

Dagô, um vendedor de livros, sucedeu a Murilo e também era músico. “Tocava pandeiro mexendo os ombros, em vez do instrumento”, narra Nassif que também é bandolinista e se apresenta com outros músicos nas noites de segunda, a partir das 21h, com roda de choro. “Só não venho ao Alemão nas noites de segunda se não estou em São Paulo. Tocar aqui é um prazer e sempre aparece músicos que dão uma ‘canja’ e esse é um prazer para quem gosta de tocar boa música”.

Gerson Azevedo
Luiz Nassif (esq) e seu grupo de chorões às segundas (Divulgação)

Em 2002, o bar trocou de mãos, novamente. O consagrado músico e compositor Eduardo Gudin assumiu o bar e o comanda desde então. Gudin tem uma carreira vitoriosa com vários discos gravados e parcerias com Francis Hime, Paulinho da Viola, Paulo Vanzolini e outros bambas da música. Em 2015, seu 16º álbum – Eduardo Gudin & Notícias de um Brasil 4, foi finalista no Grammy Latin America, como melhor álbum de samba e pagode.

O bar e restaurante tem um cardápio variado e com pratos alemães (kassler, chucrute, eisbein). Porções como bolinhos de arroz, de carne com azeitona e filés aperitivos. No almoço, de segunda a sábado, tem sugestões diárias como o clássico virado à paulista (segunda), feijoada (quarta e sábado), peixe a doré (sexta). O Prato da Maria tem a trivial combinação arroz, feijão, fritas, ovo frito e saladinha. Acompanhado com contra-filé ou filé de frango grelhado. Para beber, além de chope claro e escuro, todas as outras bebidas de um bar que se preze.

O couvert das apresentações musicais varia de 12 a 15 reais dependendo da noite e que tem início a partir das 21h. Segunda, Roda de Choro; terça, MPB e Seresta; quarta, MPB; quinta, Roda de Samba; sexta e sábado, MPB e aos domingos, a partir das 19h, um convidado especial.

Eduardo Gudin, músico consagrado e dono do bar (Divulgação)
Eduardo Gudin, músico consagrado e dono do bar (Divulgação)

Músicos e cantores como Paulo Vanzolini, Paulinho da Viola, Clara Nunes (aqui ela fez uma apresentação semanas antes de morrer), Karine Telles, Hamilton Nogueira, Sergio Augusto são alguns músicos dos que passaram pelo Bar do Alemão. “O importante é que a nossa emoção sobreviva”, como escreveu Eduardo Gudim. (GA)

Bar do Alemão, Avenida Antártica, 554, Água Branca, Telefone 3862-5975, www.bardoalemao.com.brwww.facebook.com/obardoalemao

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