Fazendo a cabeça

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Houve uma época em que
chapéu era sinônimo de respeito e tradição. Depois, ele ficou esquecido
por um bom tempo. Agora, o chapéu ressurgiu como um acessório não só
para quem quer fugir do frio nos dias de inverno, mas para quem busca
muito estilo e atitude.
Em Perdizes, há 10 anos, o Birô-e possui
chapéus para todos os estilos: masculinos, femininos, moda praia, para
noivas, e mais uma infinidade. A marca Madame Olly existe há 40 anos e
hoje está sob o comando do estilista e produtor de moda Diaullas
Novaes, que assumiu depois de sua mãe, Benê Novaes. “Ela comprou a casa
de uma francesa, a Madame Olly, e ficou anos com a marca. E eu fui
ajudando no caminho. Aí eu assumi. Eu não faço os chapéus, mas sei como
faz. Tenho as fôrmas, ensinei pessoas a fazer”, conta ele.
Os
clientes são variados. “Houve uma época que a gente fazia muito chapéu
para casamento. Mas agora as pessoas estão usando chapéu nas ruas. Os
homens principalmente, rapazes, senhores”, completa. Na linha
masculina, há chapéus de feltro e palha, entre outros. Já para as
mulheres a variedade é surpreendente: de tecidos finos aos de algodão.
“Tenho todo tipo de chapéus. Tem chapéus de casamento, uma linha para
aluguel, com coisas francesas, italianas, e tem uma linha que eu
desenvolvi com tecidos nacionais”, ele explica. Enquanto alguns já
estão a venda, há a opção de encomendar. O trabalho é todo artesanal.
Basta ligar e agendar um horário. Aí é só escolher o tecido e o modelo,
ir na loja e ter sua cabeça medida por Diaullas e pronto. Entre uma
semana e 15 dias, o chapéu está feito. O preço varia de acordo com o
modelo e tecido escolhido.
Diaullas conta que, antes de vir para
Perdizes, o ateliê ficava nos Jardins. Quando mudou, escolheu o bairro
porque queria “um lugar que pegasse o eixo Jardins e Pinheiros, onde
tenho muitos clientes”. E tem outros tipos de clientes, como revistas e
estilistas que usam os chapéus em seus desfiles, como Reinaldo Lourenço
e Glória Coelho.
A inspiração para os modelos, Diaullas tira de
todos os lugares. “É que passa na minha cabeça. Um dia chegou uma
menina que queria uma grinalda. Aí eu comecei a entortar um arame,
cortei tules, e pronto. Vem de dentro, de uma vontade”, diz.
Nessa
nova onda de usar chapéus, ele comemora o sucesso. “Toda hora tem gente
telefonando querendo chapéu de noiva, por exemplo. E eles vêm
prazerosos aqui. É uma coisa gratificante para mim”.

Birô-E
Rua Cayowaá, 918, Perdizes
Telefone 3862-5051
www.diaulas-biro.fot.br

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