A dona da|batida perfeita

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A música faz parte da história e do cenário da Pompeia. E a baterista Vera Figueiredo vem confirmar esta tradição musical do bairro.
Chegou pequena ao bairro. Morou por aqui, em vários endereços e hoje está em Perdizes. Na Pompeia, estudou e deu início à sua carreira de música. “Lembro que desde os meus 2 anos de idade já queria uma bateria. E nos meus aniversários as tias queriam dar bonecas e coisas assim. Mas eu preferia ganhar dinheiro para comprar uma nova baqueta, um novo prato…”, lembra.
A vocação a levou a estudar música no Conservatório Santa Marcelina onde se formou em piano e bateria. Ainda adolescente já trabalhava com música e com o dinheiro que ganhava, foi se animando com a carreira. Matriculou-se em Comunicação para depois cursar música, mas acabou deixando a faculdade de lado. “Não tinha tempo para estudar e conciliar a carreira de baterista”. A paixão pelo instrumento foi maior.
Hoje, Vera Figueiredo tem uma carreira sólida e virou referência em seu instrumento. Criou e é uma das professoras do Instituto de Bateria Vera Figueiredo (IBVF) onde dá aulas para alunos de onze e sessenta anos. Participa regularmente de vários festivais mundiais e workshops de percussão e de bateria. É autora de várias composições para bateria e tem três CDs gravados, além de participação em muitos outros.
Em maio passado, lançou o livro play-along Vera Cruz Island Brazilian Rhythms for Drumset em parceria com Daniel Oliveira, amigo e também professor do IBVF. Com regularidade, viaja para ministrar workshops pelo Brasil e pelo mundo. Nessas participações, faz questão de divulgar a música e a cultura brasileira.
Vera criou e promove, desde 1996, o festival Batuka! Brasil, que neste mês teve a sua 12ª edição no Auditório Ibirapuera em São Paulo. “É o principal evento direcionado a bateristas e percussionistas e um dos mais importantes do mundo, no gênero”, diz.
Vera faz parte do sexteto do programa Altas Horas, da TV Globo, comandado por Serginho Groismann. A parceria com ele vem dos tempos de TV Cultura e depois SBT. “No Altas Horas, o legal do trabalho é a convivência com os participantes, tanto no palco como na plateia”, conclui.

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