Quem quiser que conte outra

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Quem quiser que conte outra

Na capital de São Paulo eles visitam crianças e adolescentes de vinte e seis hospitais. Em território nacional o número de estabelecimentos atendidos chega a 82. O que eles fazem nas visitas? Contam histórias e oferecem leituras para pequenos guerreiros que lutam todos os dias por momentos mais serenos em suas vidas.
O que eles pretendem, algumas vezes parece impossível diante do quadro clínico das crianças hospitalizadas em tratamento. Mas quando a reportagem foi conhecer o trabalho dessa entidade que funciona desde 1997 por iniciativa de Valdir Cimino, publicitário que atuou em várias agências de renome do país, percebeu o impacto que essa ação social provoca na vida desses jovens.
Segundo Cimino, o cuidado de preparar o voluntário em um treinamento dura aproximadamente nove meses, mas o processo de capacitação continua porque é muito importante conscientizar o contador de história para a realidade do paciente. A criança que está internada em um hospital não pode ser mais vitimizada pela compaixão, correndo o risco de ficar mais deprimida; o objetivo dos Contadores de História é tornar mais alegre e agradável o período em que a criança passa pelo tratamento hospitalar ou pela a internação.
Na zona oeste São Paulo, o Hospital Auxiliar Cotoxó, uma divisão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é uma entidade que participa da ação do Viva e Deixe Viver, mas em meados de abril ou maio de 2011, os Contadores vão para o Hospital São Camilo, na Avenida Pompeia. Segundo Graziela Renata da Silva, coordenadora de desenvolvimento humano do Viva, a instituição aguarda apenas a liberação do departamento jurídico do hospital.
Contar histórias e oferecer leitura às crianças nos hospitais ou centros de saúde é o foco do Viva e Deixe Viver, mas por trás de todo o sistema, uma equipe determinada e incansável faz dessa missão uma realidade que acumula prêmios e incentivadores dessa tarefa.
Afinal, não dá para estimar o valor de receber um sorriso de uma criança que deseja, como todo mundo, o direito de viver com saúde e alegria.

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