Na Rua Minerva, no bairro de Perdizes, funciona a Associação Nosso Sonho que atualmente cuida de um grupo de 45 crianças e jovens com paralisia cerebral. O objetivo da instituição é incluir com qualidade esses jovens na sociedade e no mercado de trabalho. O Guia Daqui Perdizes foi conhecer a associação e conversou com Suely Katz, uma das dirigentes responsáveis pela fundação e nos contou um pouco como foi que esse trabalho começou.
Depois do fechamento de uma antiga instituição com trabalhos voltados para o mesmo público, Suely Katz, que na época mantinha contato com a associação extinta por ser mãe de Fabinho, que também foi acometido pela paralisia cerebral, conta que muitas crianças assistidas ficaram órfãos desse trabalho onde as crianças passavam por um trabalho terapêutico e pedagógico.
“Foi muito triste quando a associação fechou porque era um trabalho importante que, além das terapias oferecidas, as crianças aprendiam a se comunicar pelo sistema Bliss (sinais e símbolos) que é a linguagem alternativa e que ameniza as dificuldades de comunicação no cotidiano da criança”, observa.
Segundo Katz, as pessoas procuravam por ela questionando o fechamento da instituição querendo novas soluções para o problema. “Nessa época me lembrei da carta psicografada do meu filho que dizia para eu parar de chorar porque a minha missão ainda não havia terminado”, relembra emocionada.
E foi assim que nasceu a Associação Nosso Sonho. “Com muita dificuldade encontram um imóvel adequado”. Um mutirão de pais se encarregou da limpeza, outros fizeram a pintura e outras pequenas reformas. As adaptações de acessibilidade foram feitas por outro grupo. Muitas doações surgiram da comunidade do entorno. “Com a generosidade de São Paulo, montamos a ONG em um final de semana”, comenta.
Além das doações espontâneas, a associação faz a venda de cartões exclusivos produzidos pelas crianças da instituição. A partir do mês de agosto, um bazar permanente vai reunir marcas e produtos com preços atraentes e conta com visita da comunidade.