Memória viva

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Memória viva

O leitor que foi à 24ª Feira de Artes da Vila Pompeia, em maio desse ano, pode conhecer entre as atrações, um projeto lançado na ocasião do evento e funcionou como uma semente para um plano que é de interesse de todos moradores: registrar a memória do bairro para preservar as suas raízes e a sua história antes que ela se perca no tempo.
O Guia Daqui conversou com Luiz Duarte de Oliveira, procurador do Estado de São Paulo, para entender a dinâmica do projeto. Nascido e morador do bairro desde 1961, é do procurador a iniciativa de resgatar, através de documentos e fotografias, a história da fundação e de desenvolvimento do bairro.
O morador ou comerciante que dispõe de documentos ou fotos antigas da Pompeia pode levar esse material para escanear e catalogar. Todo o material será devolvido ao proprietário.
Perguntado sobre a razão dessa iniciativa, Luiz Duarte conta que nasceu no bairro em uma casa na Rua Augusto de Miranda e durante a infância e adolescência “andou gravitando pela região”, período em que morou em diferentes residências, mas diz que a fronteira mais longínqua que chegou foi a Vila Romana, bairro muito próximo ao da Pompeia. “É muito amor por esse bairro, eu passava por essa rua quando ia para a escola e assisti a construção desse edifício que resido hoje e jamais imaginei que viria morar aqui”, revela.
Na opinião do procurador, não é só a verticalização, há também uma profunda mudança de hábitos da comunidade. Gradativamente, explica, há uma mudança nos costumes porque tem muitos jovens chegando ao bairro. “Faltam referências para esses novos habitantes”, define.
Mais um motivo para a comunidade se engajar na causa. Procure nos seus arquivos e entre em contato com o Centro Cultural Pompeia para encaminhar os documentos. A história agradece.

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