Carinho é fundamental

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Sandro: melhorar a informação

Para a edição de novembro, o Guia Daqui escolheu falar de um assunto cujas consequências têm afetado cada vez mais as famílias brasileiras. O agravante dessa situação é que os transtornos causados nos indivíduos que criam dependências químicas têm acontecido cada vez mais cedo, intensificando o sofrimento dos parentes e amigos próximos. Para entender melhor a complexidade do tema, a reportagem foi conhecer a Clínica Read Psiquiatria, que entre alguns serviços oferecidos, é especializada em resgates de pessoas dependentes de álcool e drogas.
De acordo com Sandro Ricardo Nunes, psicólogo e consultor em dependências com cursos de especialização pela Uniad, esse comportamento se deve muito ao modelo de vida a que as famílias modernas se submetem, que priorizam uma ascensão socioeconômica imprimindo uma ausência grande dos pais no cotidiano da criança. “É necessário reforçar a orientação para os pais, melhorar a qualidade da informação que ele vai dar ao filho”, assegura.
Na opinião do psicólogo, a informação dos pais é limitada e geralmente dizem para os filhos “não fume maconha porque não é bom, vai te fazer mal”. E quando ele experimenta a droga e sente o prazer que ela provoca, o adolescente chega à conclusão que os pais mentiram. Isso desencadeia um afastamento dos filhos e uma mudança de comportamento do qual os pais devem ficar atentos.
Somado a esse fator, está a banalização do tema. “A maconha não é lícita como o álcool, mas hoje percebemos que o seu consumo é incentivado, por exemplo, quando ouvimos dizer que ela é uma droga natural, uma droga fraca e inofensiva”. Segundo Sandro Nunes, 80% dos casos clínicos com dependência instalada começaram com a maconha. Ainda, segundo o psicólogo, toda droga desenvolve no organismo do usuário um fenômeno chamado tolerância, que faz o consumidor da droga necessitar, com o tempo de uso, doses maiores para chegar ao êxtase que ele tinha no período inicial do consumo.
Os pais devem estar atentos às mudanças repentinas de comportamento dos filhos: “hostilidade, intolerância e postura desafiadora são sinais de alerta”. Mudanças de hábitos, telefonemas em excesso e baixo rendimento escolar não podem ser menosprezados.

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