Luis Guimarães é apaixonado por robôs desde criança e cria peças bem-humoradas e úteis.
Na sua oficina na Freguesia do Ó, Luis cria os robôs feitos com restos de madeira de demolição que, muitas vezes, encontra em caçambas pelas ruas. “Sempre gostei de ficção científica e de robôs. Quando criança, fazia meus próprios brinquedos com restos de madeira. Fui estudar metalurgia no Senai, e trabalhei numa empresa de arquitetura de móveis. No ano passado, decidi investir neste trabalho, quando me dei conta de que fazer os robôs é que me dava prazer”, conta ele, que cria desde 2002.
Seus robôs têm “personalidade”, ou seja, cada um tem um detalhe exclusivo, por conta da madeira ou das peças que utiliza na montagem. Alguns deles têm até nome, no caso do Tunico e da Maria Eduarda.
Conta ele que encontra pelas caçambas madeiras nobres, em tamanho ideal para utilizar em suas criações. “Tem imbuia, cedro e outras madeiras de boa qualidade que faço um tratamento e vira parte do robô”. Ele cria dois tipos de robôs. Um deles é a peça para decoração, feita com as mais variadas madeiras e invariavelmente recebe um ou mais detalhes, como o pedal de bicicleta servindo de cabeça ou lâmpadas coloridas saltando dos olhos. Pés de geladeira, ferramentas e outras peças podem virar braços e pernas. O outro modelo segue a mesma linha, mas ganha a função de iluminar.
Ele também desenvolve peças no mesmo estilo para servir de brindes corporativos. “Fiz alguns robôs para agências de publicidade e para clientes que procuram peças únicas e sustentáveis”.
Os robôs que ficam na entrada de seu espaço chamam à atenção de quem trafega pela ladeira da Guiará. Luis também desenvolve móveis utilizando rodas e peças de bicicletas que viram mesas de centro e em seu showroom servem de apoio para seus simpáticos robozinhos de madeira. Suas criações podem ser encontradas em algumas lojas da cidade.
Estúdio LG
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