Uma Brisa que virou livro

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Autora da Pompeia conta a história de uma cachorrinha que pensa que é raposa e traz à tona a importância da adoção responsável.

As ruas da Pompeia ganharam um colorido mais especial com a vinda de duas personalidades para o bairro, há cerca de um ano. Uma delas é uma pessoa, a professora, autora e ilustradora Natalie Catlett, que num abrigo para animais se sensibilizou com a personalidade incrível da outra, uma cachorrinha travessa que sempre teve o nome de Brisa.

Natalie conta que sua vida mudou para sempre com aquele encontro mais do que inusitado há um ano e meio. “Eu nem estava pensando em adotar um animal quando decidi entrar naquele abrigo do bairro de Higienópolis. Quando a Brisa me viu pela primeira vez, ela simplesmente pulou no ar de felicidade. Eu fiquei tão comovida com sua reação que fui levada a sair com ela para dar uma voltinha na praça e nunca mais a devolvi.”

Com a adoção, as responsabilidades de Natalie praticamente dobraram. “Adotar exige muita atenção, mas é comum ainda, infelizmente, quem adota pensando que não terá que se preocupar com o bem-estar do animal. A Brisa teve três cuidadoras antes de mim, e foi devolvida ao abrigo essas três vezes. Como ela sofreu abusos e maus-tratos onde vivia antes de ser resgatada por protetores (numa favela de São Paulo), ela desenvolveu um medo absurdo de ficar sozinha. Tanto que, numa dessas vezes em que a Brisda foi devolvida, ela ficou mais de dez horas sozinha e praticamente roeu tudo o que tinha no apartamento de sua ex-tutora.”

Hoje, Brisa, que tem aproximadamente três anos de idade, vive um sonho real e merecido: acorda, se alimenta, fica numa creche para cães da Pompeia enquanto sua tutora trabalha e sai para passear sempre que possível. Para Natalie, todas as obrigações que tem para com a Brisa são absolutamente prazerosas. “Comecei a frequentar mais espaços públicos e, desde então, toda hora conheço gente interessante. Da nossa interação, além do amor incondicional, também nasceu o livro Eu Não Sou Cachorro Não, que conta a vida da Brisa, que na história tem o nome de Pipa, uma cachorrinha que acha que é uma raposa”, explica Natalie.

Tudo o que tem no livro foi baseado na rotina de Brisa. “Antes de eu pensar em escrever e ilustrar a história, todos que viam a Brisa me perguntavam se ela era meio parente de raposa. A ideia da obra foi relatar essas brincadeiras, como a cachorrinha narrando os fatos.”

O livro, além de homenagear a parceria e incentivar a adoção de animais abandonados, também tem como objetivo ajudar o trabalho feito por instituições que cuidam de cães e gatos de rua, que são muitas por toda a cidade. Tanto que 20% de todo o valor obtido com sua venda é doado para um centro de adoção. Quem ficou curioso e deseja comprar a obra, basta acessar o site: http://iupiedicoes.com/

Livro “Eu Não Sou Cachorro Não”
www.facebook.com/pages/Eu-não-sou-cachorro-não
http://iupiedicoes.com/

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