Evento discutiu os principais problemas do bairro.
A Oficina da Palavra – Casa Mário de Andrade promoveu, no dia 3 de setembro, um debate sobre o presente e o futuro de alguns bairros de São Paulo, como a Vila Pompeia. Participaram desse debate específico Flávia Lemos, produtora cultural e integrante do coletivo Ocupe & Abrace, Karina Ferreira, arquiteta e presidente da Associação Cultural Casa das Caldeiras, e Fernanda De Divitis, coordenadora do Amplifica Pompeia. A mediação foi feita por Paula Dias, cocriadora da organização civil Hey Sampa.
A ideia principal do evento foi discutir a ocupação de espaços e a relação com o patrimônio da cidade na ótica das pessoas que foram convidadas, assim como avaliar as questões de valorização patrimonial ocorridas na Pompeia durante os últimos anos.
De acordo com a mediadora, Paula Dias, o debate sobre a Pompeia foi muito positivo e gerou um entendimento de ações de coletivos que ocorrem no entorno, de como uma sociedade pode manter seu bairro e ressignificar pontos de cultura e espaços públicos para aproveitamento próprio.
As representantes abordaram a relação com a cidade, com o patrimônio e como entendem essa falta de interesse da comunidade com a apropriação do patrimônio público. Flávia diz que é uma “falta de educação patrimonial desde a escola”. “Na Praça da Nascente, por exemplo, quando há festivais, vemos esse comportamento de sempre esperar que alguém faça (por exemplo: retirar o lixo)… entendemos que as nascentes da Praça entram como patrimônio material, mas também imaterial, pois o valor intangível com a ressignificação na praça que fizemos está presente também”, diz.
Para Flávia, entre os problemas atuais estão: excesso de prédios, com descaracterização da identidade do bairro, constante tensão por conta do assédio das construtoras em comprar as casas, aumento do trânsito em decorrência das novas construções, aumento do custo de vida decorrente da valorização falsa feita pela comunicação das construtoras em seus folders promocionais, falta de lixeiras nas ruas, falta de luz constante, falta de linhas de ônibus que façam o itinerário da descida da Avenida Pompeia ligando os metrôs e falta de ciclovias.
As possíveis soluções para esses e outros problemas teriam de passar pelo poder público, que tem papel fundamental no desenvolvimento dos bairros, assim como as subprefeituras e a população. “Acredito que a Pompeia seja um dos bairros bem desenhado e posicionado, finaliza Paula. (ND)
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