Uma década de prestação de serviços

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A Crê Ser é uma ONG que tem sede em Perdizes e coordena o atendimento de pessoas carentes e vulneráveis na Zona Sul da cidade desde 2005.

As fundadoras da Crê Ser, Anna Maria Fronknecht (presidente) e Maria Tereza da Rocha Mendes (vice-presidente), há mais de 40 anos participam ativamente de instituições que se dedicam ao atendimento social. Sócias do General Federation of Women’s Club, atuavam junto a ONG Castelinho, mantido pela GFWC, que atende mulheres idosas. Em busca de ampliar a atuação assistencial, elas resolveram fundar a Crê Ser, para que os serviços assistenciais chegassem mais próximos às pessoas carentes. Embora a sede social da ONG esteja em Perdizes, é na região sul da cidade que acontecem os nove serviços prestados pela Crê Ser.

Contando com mais de cem funcionários, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, advogados e outros profissionais, a Crê Ser mantém vários convênios com as secretarias municipais da Assistência Social e da Educação.

Recentemente, a GFWC, com sede nos Estados Unidos, da qual a Crê Ser é associada, premiou o trabalho realizado no Centro de Educação Infantil Crê Ser, voltado para crianças de 1 a 4 anos, com o Prêmio Internacional de Melhoramento da Comunidade.

Equipe Grito de Carnaval
[/media-credit] A ONG tem ações que envolvem educação e cidadania.
A assistente social e gestora da Crê Ser, Viviane Cristine de Sá Nunes, que coordena as equipes que atuam nos projetos da ONG, fala sobre o trabalho que realizam naquela região. “Todos os nossos serviços têm convênio com as secretarias municipais de Educação ou de Assistência Social, e podemos oferecer a proteção básica e a especial. Envolvemos o todo não apenas a criança e o adolescente ou idoso como também sua família”. Para cada público específico há um atendimento individualizado em nove imóveis localizados na zona Sul da cidade. São eles:

  • Centro de Educação Infantil, creche e educação infantil em tempo integral para 84 crianças de 1 a 4 anos,
  • Oficinas de Contraturno Escolar. Jovens e adolescentes recebem aulas e têm atividades que não constam no currículo escolar. Neste serviço, eles recebem noções de cidadania, oficinas de arte – dança, música, teatro e atividades esportivas. Todo o trabalho é acompanhado por psicólogos, nutricionistas e outros profissionais. São cerca de 900 oficinas mensais.
  • Núcleo de Convivência de Idosos. Cerca de 200 idosos que têm autonomia e convivem com seus familiares recebem atendimento psicossocial, com psicólogos e outros profissionais, e participam de oficinas de convivência, aprendendo artesanato e outras atividades. A equipe técnica faz o apoio psicossocial necessário para cada um.
  • Cantinho do Céu (CCA). Atendimento a jovens de 6 até 14 anos e 11 meses. Funciona como atividade de contraturno escolar. Além de alimentação, com orientação por nutricionistas, eles recebem orientação em relação à cidadania, ecologia, esporte, é um espaço de fortalecimento de vida e que ele possa reconhecer seu território para jovens em situação de vulnerabilidade.
  • Serviço de Proteção Social. Aqui são atendidas pessoas e famílias com vulnerabilidade, seja uma criança, um adolescente ou idoso, com doenças crônicas e também portadores de deficiência física e mental. Quando precisam, recebem acompanhamento psicossocial. Orientadores sociais visitam as casas e constatam a necessidade desse serviço (fragilidade, conflitos, violação de direitos etc.) e fazem o acompanhamento, o encaminhamento necessário e orientam as famílias.
  • Núcleo de Apoio Jurídico e Social. Atende pessoas em situação de violação de direitos. A maioria dos atendimentos é repassada pelas denúncias recebidas através do Disque 100. Os problemas mais comuns envolvem os idosos que estão em situação bastante vulnerável e sofrem violência física ou psicológica, seja ela a falta de liberdade, alimentação ou a questão financeira. Muitos desses idosos estão acamados e não podem se locomover. Também atuam em denúncias de trabalho infantil, exploração e abuso sexual e de violência física e psicológica. O atendimento é feito por psicólogas, assistentes sociais e, quando é preciso, de advogados. Fazem o encaminhamento necessário aos equipamentos públicos da região. Se necessário, encaminham o caso para o Ministério Público, que abre um inquérito policial e faz o acompanhamento. “É um serviço difícil e de alta complexidade”, ressalta Viviane.
  • Casa da Mulher. Como o nome diz , atende a até 100 mulheres em situação de risco. É um espaço de convivência, assistência social e jurídica e conta com oficinas de geração de renda e de convivência. Algumas mulheres estão lá por correr risco de morte. Nesses casos, a ONG procura um lugar sigiloso onde ela possa ficar com os filhos. As que não correm esse risco, eles trabalham no intuito de reorganizar seu relacionamento. “A baixa autoestima favorece a violência física e psicológica”, destaca a gestora, lembrando que, “apesar dos anos de convivência com esses casos, meu estômago ainda embrulha com certas situações de violência que as mulheres são submetidas”. Aqui também é oferecido atendimento ao autor dessas violências. “É gratificante quando invertemos essa situação.”
  • Serviço de Assistência Social à Família e Serviço de Medida Socioeducativa em Meio Aberto. Atendem aos jovens que cometeram pequenos delitos e cumprem medidas socioeducativas.

Carna CAPS 2
[/media-credit] Um bloco de carnaval desfilou pelas ruas do bairro.
Para oferecer todo esse atendimento e custear sua equipe e projetos, a ONG tem o apoio de empresas, “que é fundamental”, diz Viviane. Estão apoiando a ONG desde a fundação: Buonny (empresa de gerenciamento de riscos/seguros), Econopac (embalagens), BestFit (roupas femininas), Mesquita, Queiroz, Butori e Barreto (advocacia) e Ótima (estratégia e gestão). Além deles, há um número expressivo de contribuintes mensais, pessoas físicas. Outra fonte de renda são as notas fiscais Paulista e Paulistana. Há um número de comerciantes e empresas que recolhe as notas para a Crê Ser e toda ajuda é bem-vinda, como eventos: a Noite de Pôquer, que aconteceu em novembro na União Fraterna, e o próximo Bingo e Chá Beneficente no Terraço Itália, programado para 28/3, com convites a R$ 70, com direito ao chá e estacionamento.

Quem quiser contribuir com a Crê Ser pode fazer doação através da conta no Bradesco, ag. 0105-8, conta corrente 219.968-8, em nome de GFWC Crê Ser, CNPJ 07.376.674/0002-34.

Crê Ser

Rua Dom Jerônimo Osório, 91, Jardim Umuarama

Tel. 5563-9086

www.cresersp.org.br

www.facebook.com/GFWC Creser

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