PUC comemora 70 anos

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Voltada à educação e comprometida com a sociedade brasileira, a PUC-SP comemorou em agosto 70 anos de fundação.

Segundo a reitora da Pontifícia Universidade Católica, PUC-SP, Anna Maria Marques Cintra, “O aniversário de 70 anos é um bom momento para lembrar a fundação e os valores que nortearam a criação da PUC-SP, em 1946. A pedra fundamental do surgimento da nossa Instituição foi formar pessoas capazes de construírem uma nova sociedade a partir da contribuição cristã, ou seja, motivados por princípios éticos, humanistas e de fé”. A reitora salienta que “Toda nossa trajetória está assim marcada: o desenvolvimento da excelência na pesquisa, no ensino ou na prestação de serviços, decorre desse objetivo primaz que norteou nossa fundação e que nos move até hoje. Ainda há muito a fazer, mas o que fizermos sempre terá esta nossa marca: preocupação social aliada à excelência acadêmica”.

Divulgação
Reitora Anna Maria Marques Cintra (Divulgação)

O mandato da reitora Anna Maria Marques Cintra termina em novembro, quando então a atual pró-reitora da Pós-Graduação, Profa. Maria Amália Andery, eleita pela comunidade da PUC e nomeada pelo grão-chanceler, Dom Odilo Pedro Scherer e cardeal arcebispo metropolitano de São Paulo.

Acontecimentos da história recente do Brasil teve como cenário o campus Monte Alegre, em Perdizes. Em 22 de setembro de 1977, a Polícia Militar de São Paulo, por ordem do coronel Erasmo Dias, então secretário da segurança, invadiu a reitoria e o teatro da PUC. O motivo da invasão foi a realização do 3º Encontro Nacional dos Estudantes, organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

Esse evento e outros caracterizaram a PUC com um lugar de resistência, liberdade e luta pela redemocratização do Brasil, durante os anos de regime militar (1964-1985). A reitora analisa que “A PUC-SP sempre se posicionou em favor da liberdade de expressão, da pesquisa ética, da atuação social e do respeito à diversidade. Em alguns momentos da história, pagou caro por seus posicionamentos, como ao abrir seus espaços para a organização da luta pela volta da democracia no país. O papel da PUC-SP na atualidade também traz essa marca, que nos distingue e nos move ao longo dos anos e também para o futuro”.

Para a reitora as melhorias no espaço físico são essenciais para a Universidade avançar na qualidade da educação que oferece a seus alunos. “Aliada à reconhecida excelência de nosso corpo docente, as reformas estruturais vão dar condições para progredir em nossa atividade fim: a formação de profissionais e cidadãos prontos para atuar no mercado de trabalho e na sociedade a partir de valores humanistas”, considera. “Com a nova situação material, esperamos ampliar o conhecimento que produzimos e desejamos que ele siga respondendo de forma inovadora às demandas das pessoas e da sociedade em geral. Nossa meta é a sabedoria a serviço da humanidade”, complementa.

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Teatro Tuca (Divulgação)

A importância da PUC para Perdizes e região é fundamental pela sua excelência em ensino e também pela cultura através de seus dois teatros, Tuca e Tucarena, com programação de qualidade tanto em peças teatrais como música e também como centro de ensino de artes cênicas em cursos abertos para todas as idades.

Porém, nos últimos tempos, animadas baladas e festas promovidas por alunos e não-alunos da PUC têm causado preocupação e incomodo para os moradores vizinhos ao campus Monte Alegre. Tanto pelo número de pessoas, som alto e atritos que acontecem neste tipo de evento que ocupa ruas e quarteirões do bairro. Sobre isso, a reitora se posicionou: “Temos lidado de maneira transparente com o problema e feito ações para diminuir o incomodo aos vizinhos, na medida do que nos é possível. Isso porque a realização de festas no entorno das dependências da PUC-SP extrapola nossa possibilidade de atuação, pois a demanda pela execução de ações cabe a órgãos competentes do poder público. Fizemos inúmeros contatos com essas entidades, ao longo dos últimos anos, na tentativa de garantir bom relacionamento com a vizinhança e a mediação entre os moradores do entorno e os membros de nossa comunidade. Dentro de suas dependências, a PUC-SP não patrocina, não incentiva nem concorda com a realização de festas em nenhum de seus campi. Como medida interna, determinamos o fechamento do campus Monte Alegre às 23h, e por meio de um Ato da Reitora proibimos a realização de eventos após seu fechamento”, informa.

A PUC-SP, ao chegar aos 70 anos, se prepara para o futuro com a renovação de sua infraestrutura planejada pela Fundação São Paulo, mantenedora da Universidade. Os campi Monte Alegre, Consolação e Sorocaba. A reitora Anna Maria Marques Cintra destaca que estão sendo providenciadas salas de aula inteligentes (informatizadas e equipadas com lousa digital), adequações para acessibilidade, modernização de equipamentos de informática, reforma de espaços acadêmicos (como auditórios), de convivência e de uso da população (como ampliação de leitos do Hospital Santa Lucinda, em Sorocaba). Em 2017, as obras devem ser levadas aos outros campi, Ipiranga e Santana.

A reitora enfatiza que a PUC-SP se prepara para dar as melhores experiências de aprendizagem a seus estudantes. “Os jovens chegam ao ensino superior cada vez mais ‘digitais’ e conectados. Para responder às demandas educacionais das novas gerações, a tecnologia é imprescindível. Estamos buscando, e pretendemos implementar ao mais rápido possível, metodologias de ensino baseadas na participação ativa dos estudantes”, diz a professora Anna Cintra.

Por conta dos seus 70 anos, a PUC-SP realiza, desde o início deste ano, programação para festejar as sete décadas da fundação da Universidade. No dia 22 de março, no Tucarena, foi realizada uma missa solene e lançamento do livro “Família: Patrimônio da Humanidade”.

www.pucsp.br

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