Prevenir é a melhor arma!

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Jorge Lordello, o Dr. Segurança

Jorge Lordello, delegado de polícia por 21 anos, comanda programa de TV, escreveu livro e dá palestras para empresas e escolas sobre segurança e as maneiras de se prevenir.

A zona Oeste é seu reduto. Aqui estudou desde o primário e fez direito na PUC-SP. Mora na Pompeia e daqui não pretende sair.

Lordello explica que a TV o influenciou pela carreira policial. “Gostava dos seriados que mostravam a fase de investigação, a luta do bem contra o mal e a estratégia para desvendar um crime. O curso de direito na faculdade confirmou a minha vocação. Aos 22 anos, me tornei delegado de polícia e atuei por 21 anos na região do Alto Tietê.”

A experiência policial mostrou que “as pessoas não tinham noção sobre prevenção”. Com orientação do Dr. Lair Ribeiro fez uma pesquisa, e “entrevistei 1.250 criminosos, mais de duas mil vítimas, além de policiais, juízes e promotores.” Daí surgiu o livro “Como conviver com a violência: o passaporte para sua segurança”, que foi um divisor de águas para Lordello. “No livro, mostro que através de atitude proativa no cotidiano, com orientações e estratégias de segurança, é possível reduzir quase a zero o risco de abordagem criminosa.”

Seu site, www.doutorseguranca.com.br, têm dicas e mais de dois mil artigos sobre segurança e prevenção à criminalidade, com mais de 20 milhões de visualizações. “No início, a mídia achava que eu não deveria ensinar a prevenção, ‘é problema da polícia’ diziam. E não é só da polícia. É de todos.”

Atualmente ele comanda o programa “Operação de Risco”, aos sábados, às 22h15 na RedeTV!, um dos líderes de audiência da emissora. “Procuro me aprofundar nos casos apresentados com conselhos e orientações para ajudar às pessoas. É a situação real do trabalho de polícia, desde o início até o final da ocorrência”, explica.

O nome Dr. Segurança foi criado pelo radialista João Ferreira, “e tem muita gente que só me conhece assim”, revela. Para ele, falar sobre prevenção é a sua missão: “Quero transferir às pessoas os meus conhecimentos sobre segurança para que elas se protejam e precisem menos da polícia. O brasileiro deixa acontecer primeiro para depois fazer alguma coisa.”

Questionado, Lordello diz, sem rodeios o que pensa sobre temas como segurança, violência urbana, direitos humanos, redução da maioridade penal.

Violência urbana. Lordello diz que a nossa cultura é reacionista, ao contrário dos países que privilegiam a prevenção. “Aqui a polícia é chamada para resolver os conflitos da sociedade: entre marido e mulher e vizinhos, som alto, pessoa ou animal desaparecidos, brigas de trânsito.” Lembra que até a arquitetura dos imóveis mudou por conta da violência urbana. “Tem gente que não percebe que nos produtos e serviços também estão embutidos custos de segurança, seguro, câmera, vigilância, etc.”

Direitos humanos. Lordello crítica a atuação dos defensores dos direitos humanos. “A turma dos direitos humanos parece que fica procurando agulha num palheiro, ou seja, um erro no trabalho da polícia. Quando não acham, fazem a ilação que o policial pode ter errado. A legislação em geral é severa com o cidadão de bem , por exemplo, se ele se torna inadimplente. Em relação a quem comete crime, entretanto, ela é benevolente. Na lei brasileira, o preso tem progressão na pena por bom comportamento na cadeia. Isso não merece um prêmio! O cidadão, quando preso, pensa nos direitos que ele pode pedir. É preciso mudar a lei penal. O criminoso não é uma vítima da sociedade. Não é verdade que todo mundo nasce bom. Para os que praticam crimes violentos, eles merecem reprimenda à altura da gravidade do delito praticado.”

Redução da maioridade. “Sou a favor. O garoto de 15 ou 16 anos sabe o que está fazendo e deve responder pelo que fez. Acho inútil discutir sobre a pena de morte agora, pois não conseguimos nem acabar com a famigerada visita íntima de detentos! As saídas temporárias de presos é um tapa com luva de pelica no rosto do cidadão honesto. A lei penal garante direitos imerecidos a condenados e isso tem que acabar”.

Lava-Jato. “Aqui temos o famoso ‘jeitinho brasileiro’. É um problema cultural em todas as classes sociais. Governantes precisam ser corretos. É preciso saber que se você errar, será punido de acordo com a lei”, lembra Lordello.

www.doutorsegurança.com.br – @jorgelordello – @jorgelordellooficial

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