Psicóloga de Perdizes leva seus conhecimentos para fora do consultório, voluntariamente, como uma forma de tornar possível o tratamento de problemas emocionais, tão comuns
nos dias atuais.
A psicóloga Cynthia Marsola, que tem consultório em Perdizes e trabalha com Psicologia Transpessoal, iniciou um projeto em janeiro de 2014, que tem como objetivo principal trabalhar o mental, o emocional, o físico e o espiritual de grupos de pessoas que não podem pagar por um tratamento psicológico individual. “Com o nome de Projeto Escutar Falar, iniciei o trabalho exatamente no dia 26 de janeiro de 2014, no Parque da Água Branca. Utilizando recursos de Arte, Ciências, Filosofia, tradições espirituais e Psicologia, fui bolando atividades com Arterapia, jogos cooperativos, mandalas de crochê, ensino de crochê, reciclagem com garrafas, entre outras bem interativas, como pic nic integral, dia do abraço, sarau cultural, jogos teatrais…, unindo pessoas que vinham chegando e participando”, conta à reportagem.
Cynthia acrescenta que aconteceram por volta de 50 encontros no Parque, alguns com cinco participantes, outros com dez… um número bem variado de pessoas, que vinham chamadas pelas redes sociais ou por estarem presentes no momento do encontro. Ela diz: “minha intenção sempre foi sair do consultório e levar o trabalho de forma voluntária para onde tivesse gente que precisasse falar, escutar e interagir.”
Em vários desses encontros as ideias iam surgindo na metade do caminho. “No sarau cultural, por exemplo, tivemos a participação de uma moça que tocava violão e cantava músicas com letras com fundo bastante reflexivo e emocional… no dia do abraço, tivemos surpresas boas e ruins. Boas pela disponibilidade de alguns em receber o abraço e ruins por termos de proteger os voluntários de outros com intenções duvidosas… mas que valeu pela reflexão que tivemos acerca do relacionamento humano e dos limites de cada um. Então, tudo tem um propósito”, conclui.
Procurando sempre por parcerias de empresas, escolas e pessoas físicas, a psicóloga diz que conheceu muita gente disposta a ajudar e que foi sendo levada pelas mudanças que aconteceram.
Cynthia e seu grupo hoje estão em outra etapa de ações. Mensalmente, eles, e quem estiver disposto, se reúne e visita ONGs, creches, asilos, levando alimentos, roupas e a sua terapia, que procura trabalhar liderança, autoestima, humildade, limites, etc.
As ações são sempre descritas nas redes sociais do projeto e estão abertas sempre a novos participantes. (ND)
Projeto Escutar Falar
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