O basquetebol é um esporte de trabalho em grupo, muita energia e, porque não, de inclusão. É por meio dele que deficientes físicos encontraram uma maneira de se aventurar pelo esporte e tornarem-se profissionais.
O Grêmio Recreativo Independente de São Paulo Águias da Cadeira de Roda é uma entidade sem fins lucrativos que desenvolve a prática do esporte em cadeira de rodas. Fundado em 1986, hoje já estão em nível profissional. O presidente do Águia, o atleta Ruy Ferreira Porto, entrou para o grupo em 2000. “A gente se conheceu num campeonato brasileiro. Tive a oportunidade de sair do Recife diretamente para jogar aqui em São Paulo”.
Hoje a equipe já tem vários títulos paulistas, brasileiros e regionais. Mais de 150 atletas já passaram por lá. E os treinos são levados a sério. “É bastante puxado porque já passamos da fase de recreação. Treinamos cinco vezes por semana, quatro horas cada treinamento. É muito treino e muita dedicação”, Ruy explica.
A dedicação é tanta que alguns até já foram até convocados pra a seleção brasileira, como é o caso de Anderson Ferreira e Nilton Divino. “A primeira seleção que eu fui convocado foi em 1999, num campeonato na Argentina. Fui à paraolimpíada na Grécia, campeonatos no Estados Unidos, no parapanamericano no Rio de Janeiro e na paraolimpiada na China”, Nilton conta.
Anderson já gostava de jogar bola antes de sofrer uma lesão, e logo que foi apresentado ao esporte, se encantou. “Quando uma amiga me chamou para conhecer, nem sabia que existia basquete para cadeirante. O basquete hoje é nossa vida. Ele abriu nossos caminhos, nossos horizontes”. A primeira convocação foi em 2005 e disputou alguns mundiais como o parapanamericano do Rio de Janeiro. Os dois agora se preparam para o sul-americano na Venezuela, em novembro, e o parapanamericano no México.
Os treinamentos acontecem duas vezes por semana no Conjunto Desportivo Baby Barioni, duas vezes por semana no Sesc Pompeia, e uma vez por semana na Faculdade São Judas.
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