Chorinho no parque

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Quatro instrumentistas de choro decidiram compartilhar seus conhecimentos com gente interessada no ritmo brasileiro. As aulas acontecem no Parque da Sabesp.

Eles são músicos de chorinho com trabalhos próprios e se apresentam com outros chorões. São eles, Rafael Toledo (pandeiro), Gian Correia (violão de 6 e 7 cordas), Henrique Araújo (cavaquinho) e Enrique Menezes (flauta). Rafael conta que a ideia de criar a Escola de Choro de São Paulo era um sonho dele e dos colegas e foram inspirados em outros projetos como a Escola Portátil, do Rio de Janeiro.

aulas de pandeiro (fotos/Gerson Azevedo)
aulas de pandeiro (fotos/Gerson Azevedo)
A proposta da escola é divulgar o choro ou chorinho como preferem alguns. O brasileiríssimo gênero musical popular e instrumental surgiu no final do século 19 e tem conexões rítmicas com o samba, o maxixe, o frevo e outros ritmos. Nomes que sempre merecem citação são Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Jacó do Bandolim, Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho serão sempre lembrados. Mas há muitos novos e talentosos chorões que dão continuidade ao trabalho dos mestres. Os professores fizeram uma apresentação com o mestre Izaias Bueno de Almeida para o lançamento da Escola de Choro de São Paulo no dia 22 de abril no Bar do Bacalhau (Av. Alfonso Bovero, 560) onde tem roda de choro nas noites de segunda-feira.

Para os criadores da Escola de Choro de São Paulo o interesse pelo chorinho foi uma boa surpresa. “As pessoas se inscreveram para aprender a tocar choro!”, destaca Rafael. Foram 850 inscrições recebidas e 160 selecionados. As aulas, gratuitas, acontecem desde o dia 29 de abril, às segundas-feiras às 14, 15 e às 16h no Parque da Sabesp, no bairro do Sumaré. Cada professor junta sua turma e ocupa um espaço do parque para o aprendizado. Os frequentadores que estão no parque para caminhar, se exercitar, ou trazer as crianças para brincar no parquinho acabam ganhando uma trilha sonora.

Aulas de cavaquinho
Aulas de cavaquinho
O projeto Escola de Choro de São Paulo acontece graças aos músicos-professores. Eles esperam que em breve possam contar com patrocínio ou parcerias de empresas para atender mais interessados. “Neste início só foi possível aceitar alunos que tinham seu instrumento. Mas esperamos no futuro ter instrumentos para emprestar aos alunos”, lembra Rafael e avisa que inscrições para novas turmas estarão disponíveis nas redes sociais da escola. (GA)

www.facebook.com/escoladechorosp, Instagram @escoladechorosp

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