Apoio à cultura Pop

0
1435

Foto:

Obra de Eduardo Kobra

Empresários e outras organizações do bairro da Pompeia têm aderido e apoiado artistas que fazem intervenções artísticas estampadas em muros e fachadas dos imóveis da região. No mês de junho, com o apoio do empresário Gabriel Junqueira do Pastel do Trevo Pompeia, o artista plástico Celso Gitahy lançou o movimento Pompeia e Grafite que promete deixar o bairro mais alegre.

Celso Gitahy nasceu em São Paulo em 1968, e é graduado em artes plásticas pela faculdade Belas Artes de São Paulo. Nos anos 1990, o artista se especializou em estêncil arte, técnica que ainda é muito presente na sua obra. A pintura patrocinada pelo empresário da pastelaria Pastel do Trevo pode ser vista nas paredes externas da pastelaria e fez uma homenagem ao Dia dos Namorados.

Muitos artistas precursores do grafite como Maurício Villaça, Rui Amaral e o próprio Alex Valauri são inspiradores de artistas como Celso Gitahy.

No mês de setembro foi a vez de Eduardo Kobra, muralista e artista plástico, fazer uma crítica social com a ajuda da empresária Ana Paula Iglesias, da Green Earth Eco Lavanderia no bairro de Perdizes. O tema do protesto é contra o massacre de centenas de golfinhos que acontece todos os anos entre os meses de setembro a março na pequena cidade de Taiji, na costa meridional da ilha japonesa de Honshu.

Intitulada como “Mar da Vergonha” o objetivo da obra é chamar a atenção para a pequena província considerada a capital mundial da caça ao mamífero, cuja prática é defendida pela prefeitura de Taiji e pela cooperativa de pescadores como uma tradição secular, embora estudos econômicos apontem que a caça aos golfinhos é a única atividade econômica importante daquela cidade. Eduardo Kobra, atento e engajado, incluiu a obra criada entre os dias 7 e 8 de setembro na Rua Caiowaá, 802.

Criado em março, o Greenpincel é um projeto que alerta e combate as agressões do homem aos animais e ao planeta. Três murais já foram feitos na cidade paulista. Em julho, o mural chamado “Welcome to Amazônia” impressionou os transeuntes do local. “CO2”, na rua Alvarenga, é o segundo trabalho do projeto.

Outras intervenções indignadas fazem parte do portfólio e estão manifestadas em pontos estratégicos da metrópole paulistana. “Sem Rodeios” é o título da intervenção feita na Avenida Brigadeiro Faria Lima por conta da indignação provocada pelas imagens do bezerro abatido pelo peão César Brosco durante a 56ª Festa do Peão de Barretos, transmitidas por jornais e sites de todo o país.

Contemporâneo de Alex Valauri, ícone pioneiro da street art brasileira, e quem norteia a formação do artista das mensagens irreverentes nos muros paulistanos, a arte de Eduardo Kobra nasceu no movimento popular dos anos 1980 junto com hip hop, difundindo outras artes contemporâneas e polêmicas como o pixo e o grafite.

Se virar moda, o bairro vai poder apreciar novas intervenções artísticas dando extensão à street art que marcaram essa década e que se  consolidou como movimento da arte contemporânea e popular.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA